“Houve decepções no caminho, mas aprendi com elas”, diz Cecília Militão

A cantora Cecília Militão durante apresentação

Divulgação/Cecília Militão

Ter o poder de encantar uma plateia é para poucos. Se apresentar e ser julgada é uma prova de fogo. Assim, foi a descoberta de Cecília Militão, que mora em Jacareí e foi lançada ao estrelato, participando de concursos na televisão em 2001.

Sua primeira aparição na televisão foi no programa do Faustão, onde faturou o prêmio de melhor cantora no concurso de calouros. Dessa época, Cecília lembra com muito carinho: “Momento importantíssimo para meu trabalho trazendo benefícios e respostas positivas pra minha carreira”, conta durante entrevista.

Hoje, Cecília se apresenta com a Banda Palace em festas, além de cantar em apresentações solos. Como fonte de inspiração, a cantora tem como referência a própria mãe, que a incentivou desde o início da carreira. Acompanhe abaixo a entrevista com cantora.

Quando você descobriu que tinha dons vocais? Quem mais te incentivou em sua carreira?
Desde pequena sempre gostei de música, minha família é muito musical. Meus pais cantavam em coral e comecei no coral junto com minha mãe aos oito anos. E graças a Deus pude fazer da música minha profissão.

Qual a importância da música como um todo em sua vida?
A música está presente na minha vida desde sempre, cantar faz parte de mim.

Quais são seus ídolos?
Meu primeiro ídolo é minha mãe Maura. Com ela comecei a cantar e desde sempre esteve ao meu lado me dando muito apoio. Com as descobertas na música passeia admirar Elis Regina, Djavan, Whitney Houston, Boyce Avenue, Marisa Monte, Ed Motta, Michael Buble, são muitos (risos). 

Qual sua fonte de inspiração?
Amor, sou apaixonada pelo amor.

Em 2001 você venceu o quadro Novos Talentos do Faustão. O que isso representou para a sua carreira? O que mudou?
Foi uma experiência incrível com muito aprendizado. Momento importantíssimo para meu trabalho trazendo benefícios e respostas positivas pra minha carreira.

Você veio a se apresentar, depois se destacar no Faustão, em 2013 e 2014 nos programas Astros e The Voice Brasil. Sentiu falta de estar longe da telinha da tevê?
A TV com certeza é muito importante para crescimento e divulgação do trabalho. Sempre que possível quero sim estar na telinha. 

Teve momentos dessas etapas em que pensou em desistir?
Desistir não. Tive medos, ansiedades, o que acredito ser normal. Estar na TV já causa uma grande euforia e estar na TV em um concurso, ainda mais. Te deixa com todos os sentimentos à flor da pele, pois mostrar o seu trabalho e ser avaliada por ele não é fácil. Mas é uma experiência única. Experiência que nos faz ir ao limite de uma forma boa, para o crescimento tanto pessoal como profissional.

Quais um dos principais momentos da sua trajetória?
São tantos, todos eles tiveram significado ímpar. Vivi e aproveitei cada momento com muita intensidade. A primeira vez que cantei para uma plateia no colégio, a primeira vez que cantei em uma cerimônia de casamento (já faz 20 anos), toda vez que passava de fase nos concursos e também programas que participei. Enfim toda minha vida profissional é muito importante. Conheci pessoas incríveis que deixaram de ser apenas colegas de trabalho e se tornaram amigos para a vida toda. Houve decepções no caminho, mas com elas eu aprendi a ver a vida de várias formas. Quando se caí a gente respira, levanta e segue em frente. E hoje quando olho tudo o que aconteceu, tenho certeza que tudo valeu muito a pena.

Qual foi o show que mais lhe emocionou em toda a sua carreira de cantora? Se não fosse cantora seria?
O show que cantei junto com minha mãe, foi incrível. Uma lembrança para minha vida. Se não fosse cantora acho que seria psicóloga ou advogada.

Como avalia o atual cenário da música? Os músicos são valorizados? Há espaço na mídia?
Sou da opinião que todos têm direito de mostrar seu trabalho, todos têm direito a ouvir o lhe agrada, mas também acho que as pessoas não podem se prender a apenas um estilo. Experimentem ouvir um pouco de tudo a manter a mente aberta. Valorizar e respeitar a todos. Entender que músicos são trabalhadores como todo mundo, são pais, mães, filhos que precisam de infraestrutura para fazer o melhor com seu trabalho e pagos de uma forma justa. A mídia infelizmente ainda não dá o espaço necessário. Volto a falar, não se pode ficar preso a apenas um estilo acho que poderiam abrir mais espaço para todos os seguimentos. Não só na música, mas em todas as áreas artísticas.

Atualmente também se apresenta com a Banda Palace. Como é a rotina com a banda? Também se apresenta em outras cidades?
Fazemos todos os tipos de eventos. Somos uma banda de entretenimento e focamos em fazer o melhor de cada estilo com muito respeito, animação e carinho com o público. Não abrimos mão dos ensaios semanais para sempre estarmos alinhados e antenados com o que há de novo no mercado.

Ainda está ministrando aulas de música? Além de cantar, exerce alguma outra atividade?
Dar aulas foi um período incrível também, aprendi muito. Mas com a agenda da banda, os compromissos com a empresa de cerimônias de casamento já não é mais possível ministrar as aulas.