Por João Pedro Teles Em Brasil & Mundo

Nublu Jazz Festival celebra diversidade do jazz no centenário do gênero

Festival reúne nomes nacionais e internacionais de diferentes vertentes em S. José

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The Cockers (foto) é atração do último dia de festival

Divulgação

Sofisticado, inventivo, cool, acelerado, autodepreciativo, virtuoso, indecifrável, liberto. Foram muitos os adjetivos que o jazz colecionou durante seus 100 anos de história, comemorados em 2017.

O gênero que consagrou Miles Davis, John Coltrane e Billie Holiday, apresentará vigor renovado a partir desta quinta-feira (6), durante o Nublu Jazz Festival, que acontece em dobradinha entre o Sesc São José dos Campos e o Sesc Pompéia, em São Paulo, até sábado (8)

Em sua 7ª edição, 4ª em São José dos Campos, o Nublu mantém a essência libertária e contemporânea em sua programação. O line up contempla diferentes variações jazzísticas, dando espaço ao hard bop do The Coockers (EUA), o funk de influências jamaicanas do Cymande (GBR), entre outras vertentes.

Em São José dos Campos, os shows começam às 20h30. São duas apresentações por dia, entremeados por uma seleção de músicas apresentadas por DJs. Mas o festival não atrai somente pelo time de músicos que sobem ao palco, a ambientação do espaço é alterada, remetendo-se aos esfumaçados clubes de jazz norte-americanos.

O festival, aliás, é uma vertente do icônico Nublu, clube de jazz e gravadora de discos independentes que recebe jams de músicos da cena de Nova Iorque. No clube, e consequentemente no festival, prevalece a sonoridade underground, que bebe na fonte de diferentes ritmos entre os quais o dub, hip-hop e o funk.

Programação
O primeiro dia de programação conta com o saxofonista norte-americano Kamasi Washington e o multi-instrumentista Saul Williams, também dos Estados Unidos. Washington é um representante do jazz contemporâneo, e já tocou com nomes como Lauryn Hill e Herbie Hancock. Já Williams apresenta um trabalho inovador, de cunho literário, que mistura poesia com Hip Hop.

Na sexta-feira, quem sobe ao palco são os britânicos do Cymande e os brasileiros do Samba do Absurdo.  O Cymande é formado em Londres, na década de 1970, por migrantes vindos da Jamaica e Guiana. Traz influências do soul, jazz e afrobeat. O Samba do Absurdo é capitaneado por Juçara Marçal, integrante do Metá Metá, um dos grupos mais relevantes da atual música brasileira. A cantora se une aos artistas Rodrigo Campos e Gui Amabis (mente por trás dos primeiros discos da cantora Céu) em uma parceria inusitada e libertária.

Para fechar, o sábado conta com o jazz pesadíssimo do The Cockers, grupo que reúne lendas do gênero em sua formação. Logo depois da apresentação dos norte-americanos, o projeto Plim, do baterista Sérgio Machado, fecha o festival. O músico recebe no palco participações especiais de Kiko Dinucci, Thiago França e Tulipa Ruiz.

Os ingressos variam entre R$ 15 e R$ 50, e podem ser adquiridos na bilheteria do Sesc. Mais informações podem ser obtidas por meio do telefone (12) 3904-2000.

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