Cultura

Morre Lô Borges, fundador do Clube da Esquina, aos 73 anos

Compositor e cantor é um dos ícones da MPB

Escrito por Rubens Baracho

03 NOV 2025 - 13H43

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O cantor e compositor Lô Borges, um dos grandes nomes da música popular brasileira e símbolo do movimento Clube da Esquina, morreu neste domingo (2), aos 73 anos, em Belo Horizonte (MG), em decorrência de falência múltipla de órgãos. A informação foi confirmada pelo Hospital Unimed-BH, onde o artista estava internado.

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“A Unimed-BH se solidariza com a família, amigos e fãs pela irreparável perda para a música brasileira”, diz o comunicado divulgado pela instituição.

Lô estava hospitalizado há alguns dias após sofrer uma intoxicação medicamentosa. No último fim de semana, ele havia passado por uma traqueostomia.

Trajetória e legado

Nascido em Belo Horizonte em 1952, Lô Borges foi um dos fundadores do Clube da Esquina, ao lado de Milton Nascimento, Beto Guedes e outros artistas mineiros. O movimento revolucionou a música brasileira nos anos 1970, misturando rock, jazz, bossa nova e sons regionais, com letras poéticas e inovadoras.

Em 1972, lançou com Milton Nascimento o álbum “Clube da Esquina”, considerado uma das obras mais importantes da história da MPB. O disco traz clássicos como “O Trem Azul” e “Tudo Que Você Podia Ser”, canções que se tornaram referências para gerações de músicos e admiradores.

Entre suas composições mais marcantes estão ainda “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo” e “Nada Será Como Antes”, regravadas por nomes como Elis Regina, Tom Jobim, Flávio Venturini, Beto Guedes, 14 Bis, Skank e Nando Reis.

Produção recente

Mesmo décadas após o auge do Clube da Esquina, Lô Borges manteve uma carreira ativa e criativa. Nos últimos anos, lançou os álbuns “Chama Viva” e “Não Me Espere na Estação”. Antes da internação, estava em turnê com Beto Guedes no espetáculo “Esquina & Canções”, que celebrava a amizade e a parceria artística entre os dois músicos mineiros.

Em entrevistas recentes, o artista demonstrava entusiasmo com o próprio momento criativo.

“Tenho produzido mais agora do que quando era garoto”, afirmou em uma de suas últimas conversas com a imprensa.

A morte de Lô Borges representa uma perda imensurável para a música brasileira, mas seu legado segue vivo nas melodias e versos que marcaram gerações e continuam inspirando novos artistas.


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Por Rubens Baracho, em Cultura

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