O Fluminense foi derrotado por 1 a 0 pelo Goiás em sua estreia no Campeonato Brasileiro, neste domingo à noite, no Maracanã, e após o confronto exibiu extrema insatisfação com a anulação do gol do atacante Everaldo, marcado aos 29 minutos do segundo tempo, quando a equipe carioca chegou a abrir o placar do duelo, antes de o lance ser impugnado após o árbitro paraense Dewson Fernando Freitas da Silva consultar o árbitro de vídeo (VAR) e flagrar que Luciano estava impedido.
A decisão foi considerada polêmica porque o companheiro de ataque de Everaldo estava em posição irregular, mas não participou diretamente da jogada. Depois disso, em um cobrança de falta de Rafael Vaz, a equipe goiana assegurou a sua vitória no Rio. Insatisfeito com o placar do jogo e com a decisão do juiz paraense, o Flu teve o seu diretor executivo de futebol, Paulo Angioni, concedendo entrevista coletiva junto com o técnico Fernando Diniz. E o dirigente aproveitou a oportunidade para cobrar que a CBF fique alerta ao fiscalizar a utilização do VAR neste Brasileirão.
"Hoje (domingo) o VAR causou um grande prejuízo ao Fluminense, porque os erros cometidos são muito primários. Primeiro a demora excessiva, o retardamento do jogo, uma interferência desmedida no jogo, a falta de critério, pois acaba sendo a interpretação do árbitro e hoje, em dois lances capitais, o VAR e, consequentemente o árbitro, prejudicaram o Fluminense de uma forma feia", disse Angioni, que também reclamou da marcação da falta que acabou resultando no gol do Goiás.
Essa falta realmente não ocorreu e foi assinalada após Everaldo fazer um desarme na bola a um passo da grande área tricolor. E o diretor foi além ao dizer que "esse árbitro (do jogo deste domingo) tem hábito de errar contra o Fluminense no passado".
Angioni também reclamou das dúvidas e da demora para tomada de decisões com auxílio do VAR, fato que o motivou a cobrar: "A CBF deve estar atenta. Dificuldade que mais me impressiona é que na hora da decisão (os árbitros) são muito inseguros. Não sei se alguém de fora interfere e discute com ele (juiz principal), mas demanda um tempo".
Fernando Diniz, por sua vez, não escondeu a sua insatisfação com as decisões do VAR neste duelo do Fluminense. "Atrapalhou de fato. No gol do Everaldo, não tem cabimento (o impedimento marcado). Sou a favor (do VAR) pra corrigir injustiças, mas não dá pra usar o que demora pra cometer um erro tão grande, é uma máquina grande o futebol. Esse erro não pode acontecer", reclamou o comandante.
Já ao analisar a atuação de sua equipe, o treinador lamentou o fato de que o Fluminense acabou desperdiçando um pênalti, no fim da etapa inicial do duelo, também em um lance cuja marcação da penalidade também ocorreu após confirmação junto ao árbitro de vídeo. Luciano acabou não aproveitando esta chance de marcar na cobrança. Entretanto, o treinador não reprovou o desempenho do seus atletas.
"Estávamos jogando com um time bem estruturado, as chances do Goiás foram todas oriundas de erros infantis que a gente teve. O time estava funcionando bem, chegando pelos lados, tendo domínio do jogo, teve um pênalti para sair na frente no primeiro tempo, depois teve um gol mal anulado, então, acho que fizeram boa partida sim", disse o comandante, que já começou a projetar os dois próximos duelos do Flu - encara o Santos na quinta-feira, na Vila Belmiro, e depois enfrenta o Grêmio no domingo, em Porto Alegre, pela duas rodadas seguintes do Brasileirão.
"A primeira coisa é ter clareza nas análises e corrigir (os erros). Não tem vara mágica, é trabalhar. Quando a gente perde, as coisas não são todas erradas. E quando e gente ganha, as coisas não são todas certas. Vamos corrigir o que precisa ser corrigido e manter o que está certo. É montar o melhor time possível para enfrentar Santos e Grêmio", completou.
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