Em meio ao momento turbulento enfrentado pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Miguel Cagnoni, presidente da Federação Aquática Paulista (FAP), registrou nesta quarta-feira, na sede da entidade no Rio de Janeiro, a candidatura da chapa "Inovação e Transparência" à eleição presidencial, prevista para o primeiro semestre de 2017.
A chapa de oposição à gestão de Coaracy Nunes, que ocupa o cargo desde 1988, agora trabalha nos bastidores em busca de apoio dos atletas. Luiz Fernando Coelho, presidente da Federação Aquática Pernambucana, apoia Cagnoni e pleiteia o posto de vice-presidente da CBDA.
Depois de um fraco desempenho dos esportes aquáticos nos Jogos Olímpicos do Rio, a entidade passa por um período de incertezas. Na última semana, ela chegou a anunciar que suspendera o pagamento dos salários dos seus funcionários e a realização dos campeonatos nacionais e depois recuou após repercussão negativa nas modalidades.
A CBDA atribuiu a suspensão temporária à decisão da Justiça Federal de São Paulo, que no dia 24 de outubro acatou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) e determinou o afastamento do presidente Coaracy Nunes. Além dele, também foram afastados o diretor financeiro da entidade, Sérgio Ribeiro Lins de Alvarenga, os coordenadores técnicos de polo aquático, Ricardo Gomes Cabral, e de natação, Ricardo de Moura - provável candidato da situação.
Coaracy Nunes é investigado pela participação de fraudes em licitações para a aquisição de materiais esportivos para a preparação dos atletas de maratonas aquáticas, nado sincronizado e polo aquático para a Olimpíada do Rio. Segundo a Operação Águas Claras, do total de R$ 1,56 milhão, 79% foram pagos a uma empresa de fachada, a Natação Comércio de Artigos Esportivos.
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