Seleção do México busca vaga nesta segunda contra a Croácia
Getty Images/Portal da Copa
Para grande parte dos jogadores, a sensação de voltar a disputar a Copa do Mundo da Fifa é invariavelmente como se fosse a primeira vez. Não importam os resultados, o tempo de bola rolando, as vitórias ou as derrotas. Esse é exatamente o caso do mexicano Rafael Márquez.
Ele tinha apenas 23 anos no seu primeiro Mundial, mas as três grandes temporadas que havia feito no Monaco o credenciaram como capitão da equipe de Javier Aguirre na Coreia do Sul/Japão 2002. Rafa Márquez jogaria a sua primeira partida no dia 3 de junho, uma vitória por 1 a 0 sobre a Croácia com gol de Cuauhtémoc Blanco.
De lá para cá, 12 anos e 18 dias se passaram, tempo em que duas edições da Copa do Mundo foram realizadas, ambas com Rafa Márquez como capitão da seleção mexicana. No Brasil 2014, a sua quarta participação no Mundial, ele terá de disputar a classificação para as oitavas de final justamente contra o seu primeiro adversário na competição. De olho no confronto, a Fifa conversou com exclusividade com o defensor.
Mudança de rumo
Quando o árbitro apitou o final da partida entre Brasil e México, poucos conseguiam acreditar que a equipe asteca havia arrancado o empate em pleno solo brasileiro. Principalmente pelo fato de os mexicanos terem sido os últimos a garantir presença no Mundial, já na repescagem. Contudo, depois da turbulenta caminhada pelas eliminatórias, eles parecem ter encontrado o rumo certo.
O responsável por isso tem nome, sobrenome e apelido: o técnico Miguel Herrera, carinhosamente chamado de El Piojo. "Ele tem muita influência sobre nós", aponta Márquez. "Trabalhamos muito para conseguir o que ele está buscando. Ele formou um grupo de jogadores muito bom para o Mundial, e acredito que aprendemos com os nossos erros. Agora estamos em uma posição melhor do que durante as eliminatórias", completa o único jogador da história a ter atuado como capitão em quatro edições da Copa do Mundo.
Com a vitória sobre Camarões e o empate sem gols com o Brasil, os mexicanos mostram agora um estado de espírito completamente oposto ao que se via alguns meses atrás. "Estamos felizes", garante Márquez. "Considerando-se a qualidade das equipes que enfrentamos, a nossa tarefa tem sido muito difícil e complicada, mas agora estamos próximos de dar um passo importante. Não ter sofrido nenhum gol é importante para nós e estamos motivados para continuar assim."
O próximo passo
Apesar dos sorrisos, a missão ainda não foi concluída. Para chegar às oitavas de final, o México precisa arrancar pelo menos um ponto do combinado croata. "Este é o jogo mais importante", afirma Márquez com segurança. "Sabemos que não podemos deixar de fazer o que temos feito. Trabalhamos muito duro nas duas últimas partidas e não queremos pôr tudo a perder contra a Croácia", analisa o defensor, que hoje atua pelo bicampeão mexicano León.
"Sempre sabemos que vamos enfrentar adversários complicados", pondera Márquez. "A Croácia tem vários jogadores de muito talento e conta com um meio-campo privilegiado. Os laterais são muito rápidos e sabem subir à linha de fundo para cruzar. Eles têm ainda um atacante mortal e alguns dos melhores meio-campistas do futebol de hoje. Trata-se de uma grande equipe, por isso não será fácil. Precisamos dar o melhor de nós para somarmos pelo menos um ponto e avançar à fase seguinte."
Mas, no que depender do capitão da equipe, o México não pretende se contentar com pouco. "Queremos a vitória, por isso não vamos buscar apenas o empate", garante. "É isso que precisamos ter sempre em mente. Vamos manter o nosso sistema de jogo. A Croácia vai fazer de tudo para conseguir a vitória, mas nós também."
No dia 23 de junho, quando a bola rolar em Recife, Márquez disputará a sua partida de número 15 com a braçadeira de capitão na Copa do Mundo. Com 35 anos, e ciente de que este provavelmente será o seu último Mundial, ele entrará em campo com a intenção de ampliar ainda mais a marca de mexicano com o maior número de participações na competição.
"A sensação é a mesma que tive na minha primeira Copa do Mundo", aponta. "Estou aproveitando cada partida até o último instante. Temos um grande grupo de jogadores, comissão técnica e treinadores, por isso temos a oportunidade de realizar algo realmente importante. Isso é o que me motiva a abraçar esta última chance de conseguir um grande resultado com o México."
Para finalizar, Márquez deixa um aviso ao torcedor mexicano. "Acredito que será um duelo muito difícil, mas no final vamos conseguir o objetivo.
(* com informações da Fifa)
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