Corinthians sofre transfer ban da FIFA

O Corinthians foi punido nesta terça-feira (12) pela Fifa com a proibição de registrar novos jogadores — o chamado transfer ban — devido a uma dívida de aproximadamente R$ 33 milhões com o Santos Laguna, do México, referente à contratação do zagueiro equatoriano Félix Torres em 2024.

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Segundo a Fifa, o clube brasileiro deixou de pagar integralmente o valor da compra do defensor, acertada no início do ano passado por US$ 6,5 milhões (cerca de R$ 35 milhões na cotação atual). Apenas a primeira parcela, de US$ 2 milhões, foi quitada; os mexicanos afirmam que os US$ 4,5 milhões restantes nunca foram pagos dentro do prazo estabelecido.

O Santos Laguna acionou o órgão internacional em maio de 2024, após o Corinthians não honrar a segunda parcela do acordo. Além do montante principal, o clube paulista também terá de arcar com multas e juros decorrentes do atraso.

O departamento jurídico do Corinthians recorreu ao CAS (Corte Arbitral do Esporte) para tentar evitar a sanção, mas perdeu em todas as instâncias. O prazo final para evitar o bloqueio se encerrou na última segunda-feira, sem que o pagamento fosse realizado.

A punição já vale para a atual janela de transferências e, caso a dívida não seja quitada, se estenderá pelas próximas duas, totalizando três períodos de impedimento de registro de novos atletas.

Com o elenco em fase de reformulação e pressionado na tabela do Campeonato Brasileiro, o transfer ban representa um duro golpe no planejamento. O Corinthians já vinha enfrentando dificuldades financeiras e agora se vê impossibilitado de reforçar o time enquanto não solucionar o impasse. Internamente, dirigentes avaliam possibilidades para levantar recursos, incluindo negociações de atletas e acordos com investidores.

A sanção da Fifa reforça a crescente rigidez do órgão em relação a dívidas de transferências internacionais, prática que já afetou diversos clubes brasileiros nos últimos anos. Para o Corinthians, a resolução rápida do caso será decisiva não apenas para evitar prejuízos esportivos, mas também para preservar sua credibilidade no mercado. Se o pagamento não for feito, a punição poderá comprometer as próximas temporadas.