O São José, que às 20h recebe o Rio Preto pelo Campeonato Paulista da Série A-3, está de luto. Morreu nesta quarta-feira o ex-jogador e treinador Tata, o quarto maior goleador da história do clube e importante na consagração do lendário trio de ataque formado por Edinho, Tião Marino e Nenê. Nacionalmente, ficou bem mais conhecido como assistente e amigo do técnico Muricy Ramalho, com títulos e campanhas expressivas.
Mário Felipe Perez, nascido em São Paulo, no dia 3 de outubro de 1954, aos 68 anos vinha lutando há meses contra um câncer no pulmão. Passou os últimos 10 dias internado em um hospital e segundo os familiares, “descansou”.
Pelo lado direito do ataque, como meia ou ponta, Tata projetou-se nos anos 70 com passagens interessantes por Juventus, Portuguesa e Santos. Em 79, chegou como uma das contratações impactantes do São José que queria subir pela primeira vez à elite do Campeonato Paulista.
No ano seguinte, o objetivo foi alcançado com o título de campeão e o eficiente ataque também formado pelo ponteiro-direito Edinho, o centroavante Tião Marino e o ponteiro-esquerdo Nenê.
O quarteto partiu para mais uma temporada de conquistas. Em 81, o São José fez um excelente Paulistão, decidiu o segundo turno contra o São Paulo e ganhou classificação para um inédito Brasileirão de 82, no qual avançou ao mata-mata das oitavas de final.
Alguns jogadores foram saindo e Tata permaneceu. No rebaixamento de 83, correu até o minuto final da última partida e disse que poderia continuar para uma tentativa de novo acesso no campeonato seguinte. Em crise, o São José pediu licença e não participou do campeonato de 84. Voltando em 85, Tata saiu para retornar em 87 e subir novamente com a equipe.
Atrapalhado por uma contusão, Tata, então com 33 anos, virou assistente do técnico Vail Motta quando viu que não teria condições de recuperação a tempo. Encerrando a carreira de jogador, investiu na de assistente técnico, ficando no próprio São José e trabalhando com Émerson Leão no Paulistão de 88.
Em 99, Leão assumiu o Palmeiras e levou Tata que voltou ao São José com o próprio Leão para o Paulistão 90. Depois, como técnico, destacou-se no Brasileirão de 94 dirigindo o paraense Paysandu de algumas vitórias expressivas.
Em 95, voltou ao São José trazendo uma base do Paysandu. O time joseense fez uma boa campanha no Paulista da Série A-2 e pôde lamentar alguns erros de arbitragem na reta decisiva. Tata também se destacou por revelar o zagueiro Roque Júnior e o atacante Cris, negociados com o Palmeiras.
Última passagem
Permanecendo no cargo, Tata começou a temporada de 96 conquistando o título da Copa Vale, um torneio idealizado pelos dirigentes de seis times da região e oficializado pela Federação Paulista de Futebol.
No último sábado de fevereiro, quando o São José foi a Paraguaçu Paulista para estrear na Série A-2, a comissão técnica resolveu aliviar o cansaço da viagem com um banho nas águas térmicas de região. No dia seguinte, o time não conseguiu correr e levou uma goleada histórica do Paraguaçuense, por 7 a 0.
Para complicar, na quarta-feira, o São José não passou de um empate em casa com a Portuguesa Santista, que depois terminou campeã. A pressão da torcida levou Tata a pedir demissão e abrir caminho para a chegada de Afrânio Riul.
No final do campeonato e já com o técnico Gilson Nunes, o São José conseguiu o seu terceiro acesso ao Paulistão, o terceiro de Tata no clube, mesmo tendo participado apenas do torneio da pré-temporada e dos dois primeiros jogos.
Na história do São José, de acordo com os registros do saudoso jornalista e professor Alberto Simões, Tata segue como o quarto maior goleador, tendo 53 gols e atrás apenas de Tião Marino, Bolacha e Zé Luiz. Como jogador e técnico, esteve em 232 jogos do time. Com os de assistente técnico, o total ficaria ainda mais expressivo.
Depois, em 99, Tata começou a trabalhar com Muricy Ramalho e ambos fizeram história em outros clubes.
Nas fotos (Divulgação), Tata no time campeão de 1980 – Darcy, Ademir Mello, Walter Passarinho, Ademir Gonçalves, Nelsinho e Tonho; Edinho, Tata, Tião Marino, Esquerdinha e Nenê – e com Muricy Ramalho no São Paulo.
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