São José futebol feminino precisa de um novo técnico para a sequência do Paulista

O time de futebol feminino do São José Esporte Clube, administrado pela Secretaria de Esporte e Qualidade de Vida, terá um novo técnico para sequência do Campeonato Paulista. Nedilson de Oliveira optou pela volta à sua função original de atendimento ao público em um centro esportivo da cidade e deixou o cargo nesta quarta-feira.

Dias antes do Campeonato Brasileiro realizado no primeiro semestre, o técnico Adilson Galdino dos Santos recebeu uma proposta do concorrente Real Brasília e deixou o São José. A coordenadora Renata Ferreira, a ex-centroavante Renata Love, passou a contar com uma opção interna para a substituição.

Professor de Educação Física que há anos trabalha no Centro Comunitário do Alto da Ponte, Nedilson topou dirigir um time feminino pela primeira vez, encontrando um elenco já formado e tendo apenas mais alguns dias de treinos antes da estreia.

No Brasileirão, o São José não conseguiu brigar por uma classificação à fase decisiva, mas atingiu o objetivo principal que era o de evitar um rebaixamento à segunda divisão nacional. Assim, com um elenco reformulado por causa da saída de várias jogadoras que receberam propostas de transferência ou foram liberadas, Nedilson prosseguiu partindo para o Campeonato Paulista.

Nas três rodadas iniciais do estadual, o São José perdeu para concorrentes de investimentos financeiros bem mais altos: São Paulo, Ferroviária de Araraquara e Corinthians. Na quarta rodada, goleou por 4 a 1 ao visitar o novo time de Pindamonhangaba e na quinta-feira passada, perdeu em casa para o Santos, por 2 a 0.

Como nesta semana não há rodada pelo Paulista, a equipe segue treinando para a sexta rodada, quinta-feira da semana que vem, dia 21 e com visita ao Realidade Jovem de São José do Rio Preto. Assim, há tempo para a escolha de um novo técnico, mesmo que interino ou provisório.

Sem conciliação

No início da tarde desta quarta-feira, Nedilson explicou que tentou uma solução antes de tomar a decisão:

“Como as atividades esportivas nos espaços públicos da cidade estavam suspensas por causa da pandemia, eu pude me concentrar no trabalho de dirigir um time que tem uma camisa pesada no futebol feminino. Sabíamos que o começo do Paulista seria difícil porque a equipe ainda está em formação e com várias jogadoras que chegaram depois do Brasileiro. Lamento não poder acompanhar o crescimento esperado, porque as atividades na cidade estão voltando e um tenho como conciliar as duas funções. Precisava escolher uma delas e considerei que era a hora de voltar e receber os alunos que provavelmente estarão com muita saudade das atividades no Alto da Ponte”, disse Nedilson.