O Brasil está entre as melhores seleções do mundo no rugby sevens feminino. Após terminar o Circuito Mundial em nono lugar, com direito a maior pontuação desde que passou a integrar a elite da modalidade (33 pontos), a seleção feminina teve um fim de semana perfeito, em Los Angeles, onde disputou um torneio de repescagem para definir seu futuro na próxima temporada. Foram três vitórias em três jogos: 45 a 12 sobre a Colômbia; 28 a 10 contra o Quênia; e 14 a 5 diante da Espanha.
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Até a última quinta-feira, 1º, estes resultados garantiriam a manutenção das Yaras na primeira divisão. Porém, a dois dias do início do evento em Los Angeles, a World Rugby anunciou mudanças no formato do Circuito Mundial a partir da temporada 2025/26, alterando também os planos da seleção brasileira para a competição nos EUA. Ao reduzir a elite mundial de 12 para oito equipes, o Brasil se viu obrigado a vencer seus jogos para se garantir inicialmente numa segunda divisão, com seis times, e vislumbrando a possibilidade de disputar um Campeonato Mundial de três etapas, em 2026, ao lado das grandes potências do rugby sevens feminino (entenda o novo sistema de disputa ao final do texto).
“A missão está cumprida e encerramos a temporada muito felizes. É claro que gostaríamos de ter ficado entre as oito melhores seleções, mas não tem problema. Viemos para cá nos divertir, mostrar o nosso melhor rugby, e conseguimos o resultado almejado. Estamos conseguindo apresentar um estilo de jogo tipicamente brasileiro, extraindo o talento de cada uma das atletas”, afirmou Raquel Kochhann.
Uma das jogadoras que se sobressaiu nesta temporada foi Thalia Costa. A maranhense, de 27 anos, acabou sendo uma das três indicadas ao prêmio de melhor atleta do Circuito Mundial e terminou ainda como uma das cinco principais artilheiras da competição. Além disso, foi incluída no time ideal da temporada. Desempenho que chamou a atenção inclusive de clubes estrangeiros e a levou a assinar contrato com o Mie Pearls, do Japão, para a sequência do ano.
Parte do elenco também não terá muito descanso, já que algumas jogadoras serão incorporadas à seleção de rugby XV. A equipe comandada pelo uruguaio Emiliano Caffera se prepara para a inédita participação na Copa do Mundo da Inglaterra, em agosto.
Novo Circuito Mundial a partir de 2025/2026
A World Rugby promoverá uma reformulação no Circuito Mundial de rugby sevens, dividindo as seleções em três divisões: SVNS 1, SVNS 2 e SVNS 3. A competição feminina funcionará da seguinte forma:
SVNS 1 – Circuito Mundial com 6 etapas e 8 seleções participantes:
Todos os participantes já são conhecidos: Austrália, Canadá, EUA, Fiji, França, Grã-Bretanha, Japão e Nova Zelândia;
SVNS 2 – Circuito Mundial com 3 torneios e 6 seleções participantes:
Seleções confirmadas: Brasil, China, Espanha, Quênia e outras duas seleções a serem definidas (vindas do SVNS 3);
SVNS 3 – Circuito Mundial com torneio único e 8 seleções participantes, que serão definidas após a realização de campeonatos continentais;
SVNS World Championship (Campeonato Mundial) – Extensão do Circuito Mundial, com mais 3 etapas e 12 seleções participantes: 8 equipes do SVNS 1 + 4 melhores do SVNS 2.
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