Por Meon Em Pindamonhangaba

O charme de Pindamonhangaba

Conhecida como a Princesa do Norte, a cidade une desenvolvimento industrial ao clima de interior

pico do itapeva

Pico do Itapeva

Divulgação/Secretaria de Turismo de Pidamonhangaba                                                                         

As belas paisagens e o ar de interior fazem de Pinda, como é chamada a pequena cidade de Pindamonhangaba, um lugar muito procurado por aqueles que gostam de estar próximo à natureza.

Localizada no Vale do Paraíba, entre a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira, a cidade tranquila e agradável completou 314 anos de emancipação político-administrativa na última quarta-feira (10).

Conhecida como a Princesa do Norte, a cidade de 160 mil habitantes une desenvolvimento industrial ao clima de cidade pequena, perfeito para quem procura qualidade de vida.

A cidade faz parte do Circuito Mantiqueira, região onde se localizam Campos do Jordão, Santo Antônio do Pinhal e São Bento do Sapucaí, e aproveita as belezas naturais dessa importante serra, com um ecossistema de mata atlântica e clima ameno.

Além de fazer parte do Circuito Mantiqueira, Pinda é uma das 27 cidades que compõem a Rota Caminho da Fé, trajeto de peregrinação brasileiro inspirado no Caminho de Santiago de Compostela.

Com vários pontos turísticos como o Bosque da Princesa, Fazenda Sapucaia, Reserva Ecológica do Trabiju e Palacete Visconde da Palmeira, Pinda tem como atração turística mais conhecida, o Pico do Itapeva, uma elevação rochosa com mais de 2 mil metros de altitude, onde do alto é possível ver uma ampla extensão do Vale do Paraíba, avistando sete cidades.

A charmosa estação de trem da cidade é parada obrigatória, pois seja para onde você for, passará por ela. A Estação Ferroviária de Pindamonhangaba, instalada em 1922 em estilo inglês,  é o ponto de partida das automotrizes que sobem a Serra da Mantiqueira rumo a Campos do Jordão.

Os inúmeros chalés e sítios que a cidade possui, oferecem uma excelente gastronomia e presenteiam seus turistas com o verdadeiro sabor da fazenda.

 

História

Não se sabe exatamente quando o local, uma simples “paragem”, passou a ser chamado de Pindamonhangaba, nome indígena que significa “lugar onde se fazem anzóis”.   

A “paragem” estava fadada a se desenvolver rapidamente, já que suas terras eram excelentes; o clima ameno e sua posição geográfica a tornavam passagem obrigatória dos viajantes que se deslocavam de São Paulo para Minas Gerais através do Vale do Paraíba.

Por volta de 1680, Pindamonhangaba já era um povoado, vinculado ao Termo (Município) de Taubaté. Data dessa época a construção do primeiro templo, a capela de Nossa Senhora do Bom Sucesso, no lugar onde hoje fica a Praça Padre João de Faria Fialho.

Em 10 de julho de 1705, o povoado recebeu foros de vila, por ato da Rainha Dona Catarina, ficando, portanto, politicamente emancipado de Taubaté. Por isto, o Dez de Julho é a data magna de Pindamonhangaba, que não tem uma data de fundação, mas sim de emancipação.

Durante o século XVIII, desenvolveu-se em Pindamonhangaba uma atividade agropastoril, com predominância da cultura de cana-de-açúcar e a produção de açúcar e aguardente, em engenhos.

Durante o período do café no Brasil, a cidade viveu sua fase de maior brilho e se destacou no cenário nacional. O cultivo do café foi iniciado no Município a partir dos anos de 1820. Duas décadas após, Pindamonhangaba se tornou um grande centro cafeeiro, apoiado em suas terras férteis e na mão-de-obra escrava.

Nessa época, foram construídos o Palacete 10 de Julho, o Palacete Visconde da Palmeira, o Palacete Tiradentes, a Igreja São José e outros grandes casarões. A Igreja Matriz Nossa Senhora do Bom Sucesso, construída nos primeiros anos dos 1700, foi remodelada, ganhando sua fachada imponente.

Pindamonhangaba, que ganhou do cronista e poeta Emílio Zaluar o título de “Princesa do Norte”, foi elevada a cidade por lei provincial de 03 de abril de 1849.

O ciclo do café extinguiu-se no final da década de 1920, não tendo resistido aos golpes produzidos pela exaustão das terras, a libertação dos escravos e a crise econômica mundial.

A partir daí, a economia de Pindamonhangaba passou a se apoiar na constituição de uma importante bacia leiteira, em extensas culturas de arroz e na produção de hortigranjeiros. Foi uma época de pequeno crescimento econômico, que se estendeu até o final da década de 1950, quando o Município entrou no ciclo pré-industrial.

O período de 1970 a 1985 foi, para Pindamonhangaba, uma fase de crescimento industrial extremamente acelerado, que mudou, profundamente, a face do Município.

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