As mulheres lutam cada vez mais para mostrar que o “lugar da mulher é onde ela quiser”. Porém, a visão enraizada de que elas não são capazes, desmerecendo seu trabalho e sua fala, ainda é frequente em meio à sociedade. Esse ponto de vista ultrapassado se estende ao ambiente esportivo. Muitos defendem, até hoje, que Esporte não é “coisa de mulher”.
A 1ª edição das Olimpíadas da era moderta, que aconteceu no ano de 1896 em Atenas, não permitiu a participação feminina. A vida das mulheres se concentrava em cuidar da casa e dos filhos, não tendo abertura para se envolver em assuntos políticos e econômicos, por exemplo. Apenas em 1900, a 2ª edição das Olimpíadas, sediada em Paris, contou com a presença de mulheres no tênis e no golfe. Esses esportes não eram considerados tão brutos, ou seja, eram classificados como delicados, ideais para as damas.
Durante a ditadura de Getúlio Vargas, foi estabelecido o Decreto-Lei 3.199, de 14/4/1941 que afirmava:
Art. 54. Às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza, devendo, para este efeito, o Conselho Nacional de Desportos baixar as necessárias instruções às entidades desportivas do país.
Nota-se que a atuação feminina em competições e práticas esportivas estava sendo ameaçada.
Anos após o fim da Ditadura Militar e a revogação do Decreto, a presença de mulheres nas quadras, nos campos e em outras espaços esportivos permanece em risco, visto que há falta de patrocínio e o investimento é muito baixo. Atos de machismo contra as jogadoras e a diferença salarial entre homens e mulheres na área do Esporte também são alguns dos desafios encontrados no dia a dia de várias atletas.
Sem patrocínio, Marta, camisa 10 da Seleção e seis vezes a melhor jogadora do mundo pela FIFA, ao marcar um gol de pênalti contra o time da Austrália, na Copa do Mundo Feminina em 2019, mostrou sua chuteira com um símbolo referente à igualdade de gênero dentro do esporte.
Portanto, mesmo com desafios, a participação feminina em diferentes modalidades esportivas vem crescendo. Além disso, a voz, as opiniões e a participação das mesmas na política, na economia e na vida social ganham cada vez mais força, intensificando a ideia de que o lugar da mulher é onde ela quer e se sente confortável.
Parceria:
Com supervisão de Samuel Strazzer, jornalista do Grupo Meon.
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