Com o atual estágio da pandemia, pela segunda vez consecutiva, as celebrações presenciais da semana mais importante para o catolicismo, a Semana Santa, foram canceladas. Os fiéis participaram apenas virtualmente das cerimônias, mas para que o real sentimento envolvido nesta data não fosse perdido foi preciso utilizar da criatividade.
Contudo, havia uma grande preocupação em fazer com que os participantes não se distanciassem espiritualmente do meio religioso. Assim, nas paróquias de São José dos Campos, muitas comunidades seguem com a programação normal há mais de um ano, sendo transmitida pelas mídias sociais. Uma das medidas adotadas são as campanhas de doação de alimentos destinadas às pessoas carentes, realizadas por meio do sistema drive-thru seguindo os protocolos de segurança.
Outra tradição, que precisou ser adaptada foram as procissões, que normalmente reúnem milhares de pessoas e tomam as ruas, com orações e músicas, de forma que, muitas vezes, pessoas que estão em casa saem em seus portões e janelas para ver tão belo rito. Para que mantivesse esse costume tão marcante, a paróquia São Judas Tadeu se organizou para realizar uma carreata, que se dividiu em dois grupos, com o intuito de fazer o máximo possível para chegar a todos os bairros que abrange. O evento ocorreu, na manhã do domingo de Páscoa, ao som de buzinas, cânticos e levou a presença do Santíssimo Sacramento à diversas pessoas.
A cerimoniária Julia Vitória Lima, auxiliar da celebração e liturgia da paróquia Santuário São Judas Tadeu, relatou como foi esse momento de adaptação e de que forma a comunidade se reinventou. De acordo com ela, além dos protocolos e medidas de segurança durante as celebrações, outro grande desafio foi a organização para a montagem das escalas e distribuições das funções. “Na medida do possível, tentamos nos falar por ligações e reuniões através do Whatsapp, onde combinamos as atividades com a nossa coordenadora”, comenta.
Assim, não apenas os desafios tecnológicos, mas também a distância é um desafio espiritual para os fiéis. “Sinto sim muita diferença. Me sinto mais à vontade, mais próxima quando estou na Igreja, com a comunhão naquele momento, como a gente está acostumado”, afirma Júlia. Segundo ela, esta época do ano é muito significativa, pois se trata de “um momento de reflexão, para que se possa entender cada vez mais, ano após ano, a trajetória de Jesus até a Páscoa”.
Maria Auxiliadora de Oliveira, fiel da paróquia Espírito Santo, citou que reconhece os esforços dos sacerdotes para que o povo pudesse viver a Semana Santa e que também tentou reproduzir o ambiente da data em casa com símbolos, todavia ainda sim, não é como participar presencialmente. Ela expressou ainda a pretensão em contribuir nas campanhas de arrecadação de alimentos. ”Senti falta das procissões e de estar dentro da igreja” disse. Entretanto, ainda havendo tantos desafios, para ela a importância de se reinventar nesse momento é não deixar a vida espiritual de lado. "Mais do que nunca se faz necessário dobrar os joelhos e rezar, pedindo a misericórdia de Deus para o fim dessa pandemia”.
Neste momento atípico, foi necessário o uso da criatividade, principalmente para que dessa forma as tradicionais festividades católicas, respectivas à essa data não passassem despercebidas e que dentro do novo normal fossem comemoradas. No contexto atual é preciso considerar que as expressões religiosas são essenciais para os fiéis e tendem nesse momento difícil a trazer esperança de dias melhores.
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