Alunos

Não existe barreira para as deficiências

Em entrevista ao Meon Jovem, Eliana Barleta, mãe de uma criança autista, diz: “O autismo não nos assusta mais”.

Laura Isabelli - MJ

Escrito por Laura Isabelli Ramos

29 ABR 2021 - 11H35 (Atualizada em 29 ABR 2021 - 12H03)

Arquivo Pessoal/Eliana Barleta

O mês de abril é marcado pela conscientização sobre as pessoas autistas. O dia 2 de abril é dedicado a elas, mas todo o mês e a qualquer tempo devemos respeitar as diferenças.

“O Transtorno do Espectro Autista (TEA) engloba diferentes condições marcadas por perturbações do desenvolvimento neurológico, todas relacionadas com dificuldade no relacionamento social”, afirma o médico Draúzio Varela, em seu canal no site Uol.

Ainda de acordo com o médico, de maneira geral, os indivíduos são voltados para si mesmos, não estabelecem contato visual com as pessoas nem com o ambiente; conseguem falar, mas não usam a fala como ferramenta de comunicação. Embora possam entender enunciados simples, têm dificuldade de compreensão e apreendem apenas o sentido literal das palavras.

Arquivo Pessoal/Eliana Barleta
Arquivo Pessoal/Eliana Barleta

Atualmente, as pesquisas mostram que 1 em cada 100 crianças (algumas delas indicam que o transtorno é ainda mais frequente) pode ser diagnosticada com algum grau do espectro, que afeta mais os meninos do que as meninas. "Em geral, o transtorno se instala nos três primeiros anos de vida, quando os neurônios que coordenam a comunicação e os relacionamentos sociais deixam de formar as conexões necessárias", afirma Drauzio Varella. 

Procuramos entender como é a vida de uma família que descobre ter um filho com o Transtorno do Expectro Autista. O Meon Jovem conversou Eliana Barleta, mãe de Helena, 4 anos, diagnosticada com o transtorno.

Meon Jovem: Como você descobriu que sua filha tinha o espectro autista?

Eliana Barleta: Descobri, quando ela tinha 1 ano e nove meses. Foi aos poucos. Ela  parou de falar palavras que já falava, como: mamãe e banana. Também começou a andar nas pontas dos pés e parou de fazer contato visual. Parecia não escutar quando era chamada e não gostava de ficar perto de outras crianças. Foi aí, que procuramos um médico e especialistas em Autismo.

Meon Jovem: Como vocês lidaram?

Eliana Barleta: No início, ficamos (eu e meu esposo) desesperados e com medo. Não sabíamos o que iríamos fazer, como e a quem devíamos procurar para nos ajudar. Preocupamos muito com o futuro dela.

Meon Jovem: Hoje, como é sua vivência com o assunto?

Eliana Barleta: Aprendemos um pouco mais sobre o Espectro e conhecemos mais sobre a Helena. Por exemplo, sabemos do que ela gosta, o que a deixa irritada, enfim, sabemos que ainda há um longo caminho, mas o autismo não nos assusta mais.

Meon Jovem: Qual aprendizado adquiriu nesse tempo?

Eliana Barleta: Todos nós aqui de casa temos aprendizados diários. O primeiro deles é ter calma e um muito importante é acreditar na capacidade das crianças com autismo e na capacidade da Helena. Por fim, também descobrimos que ter fé em Deus e perseverança é fundamental.

Meon Jovem: Que mensagem você deixaria a todos?

Eliana Barleta: Minha principal mensagem é para os pais. Não ignorem os sinais dos seus filhos. As marcas de desenvolvimento infantil são muito importantes, como: andar, falar, brincar, perguntar, ter contato visual, entre outros. Na socialização com outras crianças, mesmo muito pequena, a criança autista já dá sinais. Os pais devem ficar atentos. Quanto mais cedo uma criança autista for estimulada, melhores serão os resultados.

“As crianças autistas são fantásticas e muito têm a aprender, mas ainda assim nos ensinam muito sobre AMAR! Vai dar tudo certo. Sempre há tempo de respeitarmos as diferenças, sempre há tempo de amar. Somos todos humanos. Somos todos iguais".  (Eliana Barleta, mãe da Helena Barleta de 4 anos).


Escrito por:
Laura Isabelli - MJ
Laura Isabelli Ramos

EMEF Profª Conceição Aparecida Magalhães Silva - 5º Ano B

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