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Pesquisador do INPE descobre verdadeira extensão dos Rios Nilo e Amazonas

Paulo Roberto Martini concede entrevista à aluna participante do Meon Jovem

Gabriella

Escrito por Gabriella Lourenço

16 JUN 2023 - 15H27 (Atualizada em 16 JUN 2023 - 15H55)

DSR/INPE

Um pesquisador do INPE de São José dos Campos reescreveu a história de dois dos mais importantes e emblemáticos rios do mundo. O Amazonas e o Nilo tiveram seus trajetos recalculados a partir do trabalho do geólogo Paulo Roberto Martini, recém aposentado do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). É dele o trabalho que estabeleceu o Rio Amazonas como o maior em extensão do planeta. E com isso mudou tratados, livros e pesquisas sobre esse gigantesco curso d'água sul americano que ganha novo status com essa descoberta.

Em uma entrevista inédita com a repórter Gabriella Lourenço, Martini comentou que suas investigações apresentaram que o Rio Nilo, até então considerado como o mais longo do mundo, na verdade, se estende por mais de 6.815 quilômetros, superando as estimativas anteriormente feita e imposta pelos ingleses. Essa nova medição foi possível graças a técnicas avançadas de processamento de dados e imagens de satélite com alta resolução, acarretando em uma análise precisa.

Quanto ao Rio Amazonas, a pesquisa de Martini trouxe uma descoberta igualmente impressionante. De acordo com seus estudos, o Amazonas alcança uma extensão total de 6.992quilômetros, ultrapassando os 5.900 quilômetros já conhecidos. Essa ampliação da extensão do Rio Amazonas tem implicações para a compreensão dos processos hidrológicos que ocorrem na maior bacia hidrográfica do mundo.

A descoberta de Paulo Roberto Martini é um marco significativo na ciência geográfica e destaca o papel primordial da tecnologia na compreensão e preservação de nossos ecossistemas.

Confira a reportagem: 

VEJA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA:

1.Como você se sentiu, fazendo uma descoberta tão grande?

MARTINI: Bom, na verdade, humildemente, o rio estava lá. Teria que alguém olhar para ele e tentar verificar um pouco mais, assim, a identidade dele, existe muito medo, muito comum né. É o mais, é o menos longo, mas era pouca coisa que se conhecia sobre o rio. A função, principalmente a função natural dele, a função geológica dele né, e isso tudo me chamou atenção, ou seja, por que que o rio tem essas extensões? Daí foi que a gente fez, atrás da nascente dele e descobrimos que ele, inicialmente tinha um comprimento até maior do que falava na literatura, e a gente nunca tinha visto uma ferramenta sobre, que nos ajudasse, pra gente poder fazer essa avaliação.

2. Você se lembra qual era a extensão do rio?

MARTINI: Então, originalmente o rio ele era considerado como cinco mil novecentos e alguma coisa em quilômetros, depois na primeira medida nossa, ele foi para seis mil setecentos quilômetros e alguma coisa, e numa terceira medida em que nós procuramos as medidas mais antigas, e foi isso. Isso foi uma constatação, que foi bacana, porque nós temos o Nilo que era duzentos e cinquenta quilômetros mais longo, mas mesmo assim o Amazonas ficou cento e quarenta quilômetros mais longos que o Nilo, e esse trabalho foi interessante por causa disso, porque nós buscamos uma verdade sobre o Rio Amazonas e encontramos uma verdade sobre o Nilo. E isso foi então até, menos discutido no mundo.

3. Qual foi o ano dessa descoberta?

MARTINI: Bom a verdade final, nós colocamos isso no artigo científico em 2012. Em 2012 nós levamos isso ao congresso internacional, o instituto nacional de astronáutica e espaço, já temos o trabalho lá, nosso trabalho foi publicado nos canais e depois foi colocado na britânica, o repórter da britânica que inclusive me entrevistou e depois acabou liberando na Geographic também, na National Geographic.

4. Desde quando você iniciou as pesquisas?

MARTINI: Isso nasceu, de alguma forma relacionada com o jornalista Júlio Ottoboni, o Júlio que vivia nos cutucando lá perguntando o que há de novo, vamos fazer isso, vamos fazer aquilo. Nesse meio tempo, a jornalista Paula Saldanha estava entrando nessa história, daí os dois praticamente me empurraram morro abaixo, sem freio, e então foi longe esse pensamento. Usando essas ferramentas, essa tecnologia nova foi o que nos permite.


Com Supervisão de Isabela Sardinha, jornalista do Meon Jovem.




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Gabriella Lourenço

9º ano do ensino fundamental II - Alpha Lumen - SJC

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