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Poema: A última

Confira o poema de João Pedro Rocha

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Escrito por João Pedro Rocha

24 MAI 2023 - 18H42 (Atualizada em 24 MAI 2023 - 18H49)

Reprodução

Nas árvores, aquela era a última.

De todas as ruas, aquela era a última.

No chão todas as outras, de maneira rústica.

E o que sobrava eram apenas pétalas


Pisava em cada uma de um jeito mórbido

Suspirava o ar pesado como se fosse hábito

De um outono morto que não havia pássaro

Andava na calçada de um jeito sórdido


Sentou na cadeira como se fosse número.

Todo aquele clima o causava náusea.

Escutou meia dúzia de palavras ímpares.

Voltou para casa sem entender bháskara.


Nas árvores aquela era a mórbida.

De todas as ruas, aquela era hábito.

No chão todas as outras, eram apenas número

E o que sobrava era apenas náusea


Pisava em cada uma com passos ímpares.

Suspirava o ar pesado como se fosse o último

De um outono morto que não havia pétala.

Andava na calçada de um jeito bháskara.


Atravessou a rua de maneira errática.

Ouviu um estrondo que parecia lúdico.

Sentiu nas costas uma massagem mágica.

E ficou atirado no asfalto público

O motorista continuou de maneira rápida.

Ninguém parou para ajudar o súbito.

Não está atrapalhando o tráfego.

E também não seria o último

Com supervisão de Isabela Sardinha, jornalista do Meon Jovem.





Escrito por
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João Pedro Rocha

2º ano do ensino médio - Instituto Ideia - São José dos Campos, SP

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