Alunos

Poema: Chamas

Confira mais um texto participante do Meon Jovem

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Escrito por Maria Victória Auricchio Saes

30 MAI 2023 - 14H02 (Atualizada em 30 MAI 2023 - 14H15)

Divulgação

Era sol. Era fogo. Era estrela.

Era um caminho cego e reluzente.

Era impossível contê-la

E prendia meu brilho fadado

Por sua luz cujo reflexo mente.


E não sente o desespero que semeia?

Cobre-nos com sua névoa ilusória

E faz-nos refém em sua teia

Pois lhe convém tornarmos tua escória

Para que gentil, tenhamos paz em tua luz.


Mas tua paz é a guerra

É no olhar sufocado, pulso inundado,

Que traz sua fera em sorriso sádico

Penetrando em um anseio quebrado.

E então faz-se mágico.

Me encerra e me conserta.


E ainda assim, teu olhar comigo flerta,

E envolve-me em um sorriso compensatório.

Me faz lutar, me fez sonhar,

Me fez eminente sob teu pedestal notório.

Foi um céu infernal que com fúria abençoa.

É a dor gentil cuja falta magoa.


Teu mal me eleva

Teu bem sutil me destrói

Me fez submersa em treva

E após, proclama-se herói.

És uma delicada chama perversa

Me intriga, me machuca, me infesta


Por que eu amo o que me odeia?

Por que tolero o que me insulta?

Por que afogo o que a alma anseia?

Por que meu orgulho à mente sepulta?


Me faz pequeno, simples, deplorável

Me sustenta, me atura, me aguenta

Me fez tão forte e tão vulnerável

Que tua falta me atenta e prende minha mente instável.

Tão pequena, tão estranha, tão fugaz...

Mal ela sabe a falta que uma alma faz.


Com supervisão de Isabela Sardinha, jornalista do Meon Jovem.




Escrito por
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Maria Victória Auricchio Saes

3° ano do Ensino Médio - Colégio Poliedro - São José dos Campos

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