A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado será instalada nesta terça-feira (4) no Senado Federal, em meio à forte repercussão da operação do governo do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos da Penha e do Alemão, que deixou 121 mortos.
A criação da CPI havia sido aprovada em junho, mas a instalação foi adiada diante de disputas políticas internas. Agora, com a pressão da opinião pública e o aumento das críticas à segurança pública no país, governo e oposição decidiram acelerar os trabalhos e escalar senadores de peso para o colegiado. O objetivo será investigar o funcionamento, a expansão e o financiamento de facções criminosas e milícias, além de eventuais infiltrações no poder público.
O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), autor do requerimento de criação, será o relator da comissão. Ainda não há definição sobre quem presidirá os trabalhos, e a disputa pelo comando deve marcar os primeiros dias de atividade. O governo tenta garantir que a liderança fique com Jaques Wagner (PT-BA) ou Fabiano Contarato (PT-ES), enquanto a oposição articula para conquistar espaço, como já ocorreu na CPMI do INSS.
Entre os integrantes confirmados estão Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Sergio Moro (União-PR), Marcos do Val (Podemos-ES) e Magno Malta (PL-ES), pela oposição, e Jaques Wagner, Otto Alencar (PSD-BA) e Rogério Carvalho (PT-SE), pela base governista.
A CPI funcionará por 120 dias e deverá focar em temas como lavagem de dinheiro, controle territorial, conexões transnacionais e financiamento das facções, especialmente o PCC e o Comando Vermelho. O colegiado também pretende propor mudanças legislativas e políticas públicas de combate ao crime organizado.
O tema ganhou força após a operação do Rio e o debate sobre a Garantia da Lei e da Ordem (GLO). O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta evitar que o tema seja explorado politicamente pela oposição, que busca transformar a CPI em palanque eleitoral. O Executivo, por sua vez, prepara o Projeto de Lei Antifacção, em articulação com governadores e especialistas em segurança pública.
O relator Alessandro Vieira afirmou que o foco da comissão será “técnico e propositivo”, com audiências públicas envolvendo especialistas e autoridades de segurança. Já o senador Randolfe Rodrigues (AP), líder do governo no Congresso, criticou o uso político do tema:
“A oposição quer transformar a CPI em palanque, mas o combate ao crime precisa de soluções concretas.”
Flávio Bolsonaro, por outro lado, defendeu a união em torno do tema:
“O foco tem que ser libertar os brasileiros da violência das facções. Essa pauta é suprapartidária.”
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