O impacto humano no meio ambiente remonta tempos muito anteriores ao que a maioria da população pensa, cada vez mais as pesquisas cientificas vêm demonstrado que desde o dia que o primeiro ser humano tirou os pés da África, muito da fauna e flora foi alterado, evento que foi registrado, não pela escrita ou por pinturas rupestres, mas notado no desaparecimento de criaturas magnificas do passado.
O Naturalista Britânico David Attenborough, que possui mais de 57 anos de experiencia em documentar a natureza afirma:
"Nós, seremos a razão pela qual nos extinguiremos.
Uma única espécie, a nossa, desenvolveu a habilidade única de alterar tanto o seu ambiente que pode destruir espécies inteiras, na verdade ambientes inteiros."
Sendo assim a nossa espécie adquiriu logo no princípio uma habilidade única de causar impactos marcantes no meio onde vivem, anos atrás acreditava-se que os primeiros grandes impactos se deram a partir da revolução industrial no final do século XVII, que foi caracterizado pela queima de combustíveis fósseis, ou seja todo carbono que a Terra demorou milhares de anos para absorver foram liberados em poucos séculos, porém este não foi a primeira vez que o Homem impactou o meio ambiente, este título se confere a extinção da famosa Megafauna.
Megafauna é o termo utilizado para se referir ao conjunto de animais com peso acima de 45 kg, onde "mega" quer dizer grande em grego, e "fauna" significa animal em latim, ou seja, qualquer animal que pisou ou pisa neste planeta e possui mais de 45 kg.
A megafauna sempre existiu e em cada espaço de tempo ela é substituída de forma natural, o que chamamos de extinção de fundo, ou seja, animais sãob extintos de forma natural por meio da competição ou falta de recursos, e sempre que um animal se extingui todo um conjunto hábitos fica livre para que outro ser vivo ocupe, o que é conhecido como nicho ecológico. E desde a extinção dos dinossauros há 66 milhões de anos o nicho de megafauna tem sido ocupado por mamíferos.
A megafauna se desenvolveu de forma isolada em cada um dos continentes, e com destaque principalmente no Pleistoceno, o Pleistoceno é o penúltimo período de tempo antes do período atual, caracterizado por 11 glaciações, ou seja por onze vezes os polos do planeta estiveram com neve, desta forma muita agua ficou retida nos polos, o que resultou em uma quantidade inferior disponível nos mares, oceanos e na forma chuva, gerando o bioma de savana em todos os continentes, perfeito para animais de grande porte tal qual a megafauna.
Essa falta de água mundial facilitou a chegada dos seres humanos em todos os continentes, e curiosamente após a chegada das nossas ancestrais faunas inteiras foram extintas.
A cada continente que o ser humano atingia, deixava seu rastro de destruição e extinções da megafauna, que não estava adaptada a um rival que dominava o fogo e utilizava ferramentas.
Por muito tempo a causa da grande extinção da megafauna era dada ao fim da última glaciação, resultado de mudanças climáticas, porém sabe-se hoje que a somatória dos fatores climáticos com a mão humana resultou nessas extinções de criaturas magnificas tal qual o Megatherium, conhecido popularmente como preguiça gigante, habitava a América do Sul e atingia até 6 metros de comprimento.
Estudar a paleontologia (ciência que estuda os fósseis) em especial a megafauna é entender como o ser humano iniciou seu processo de extinções em massa e como podemos evitar novas extinções, é compreender melhor como as relações ecológicas se davam no passado a fim de entender a grandiosidade da vida na terra, e como ela superou muitas vezes as extinções, descobrindo como somos somente mais uma espécie deste pontinho azul.
Se nós nos extinguirmos a vida e o planeta continuaram sua jornada, ou seja, a humanidade precisamos do nosso planeta, porém nosso planeta não precisa da humanidade, e caso desejarmos continuar sendo a espécie “dominante” deste imensidão precisamos rever nossas atitudes contanto ao meio ambiente.
Com supervisão de Isabela Sardinha, jornalista do Meon Jovem.
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