Na primeira sexta-feira (04) do mês de Junho, a cantora IZA lançou o videoclipe de sua nova música ''Gueto'', que foi disponibilizada no dia anterior. Agora, faremos uma análise de outra obra audiovisual magnífica.
Inspirado em ''Black is King'' de Beyoncé, 101 dálmatas e comerciais dos anos 80, Gueto resgata muitas memórias e elementos do subúrbio de Olaria, na zona norte do Rio de Janeiro, lugar onde a musicista cresceu. O próprio trecho ''fecha a rua lá no gueto'' relembra domingos de Olaria onde sempre fechavam a rua para comemorações.
A fotografia do clipe ocupa uma parte importante em sua construção, com belas cores e símbolos. Os figurinos também foram escolhidos a dedo para que todos se sentissem bem-vestidos. A cantora afirma que aprendeu a ser vestir em Olaria, na feirinha. “Gueto” representa tudo do que Iza se lembra; de acordo com a revista VEJA, ao ser perguntada se é do gueto que vem a base da nossa cultura, a cantora responde: "Eu acho que sim. A grande maioria das coisas incríveis que existem no nosso país e na nossa cultura vieram, sim, da periferia. Vieram das pessoas que são marginalizadas pela sociedade. Não tem como a gente não dizer que o surgimento dos ritmos brasileiros não tiveram origem em guetos."
"Não tem como falar para onde estou indo se eu não souber de onde eu vim", afirma ela. Trazendo mais sobre questões sociais, a artista destaca que existem talentos diversos que, por viverem em lugares desprivilegiados, não acreditam que possuem alguma importância ou podem ter utilidade. Por isso, é fundamental para ela exteriorizar como suas origens a moldaram e como são valorizadas. A canção, para Iza, ''serve para não esquecer das minhas origens''.
"Não é sobre ostentação, é sobre ocupação. É sobre ter uma mina preta, retinta, ocupando lugares que nunca vi outra ocupando.", diz a cantora à Folha de Pernambuco. ''Falo de temas como racismo, porque é o que eu vivi, seria muita hipocrisia fugir dessa parte.", afirma a cantora para a revista.
Durante o clipe, a artista se posiciona no meio de uma bandeira nacional sendo pintada, representando uma nova construção social. No lugar da faixa “Ordem e progresso” está a cantora, uma mulher negra que veio da periferia, mostrando que não houve ordem e progresso para essa população. Iza, se colocando no centro, ao mesmo tempo traz as margens: mulheres, principalmente negras, e também subúrbios brasileiros.
A cantora também garante à Folha de Pernambuco que seu novo álbum, previsto para esse ano, tem muito a sua cara e conta com os gêneros musicais afrobeat, trap, pop e R&B.
Em conclusão, Gueto anuncia de forma excelente a nova Era da cantora e só nos anima mais para o novo álbum.
Com supervisão de Giovana Colela, jornalista do Grupo Meon.
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