Por Maria Luiza Matsumoto Diniz | Colégio Anglo Em Alunos Atualizada em 29 AGO 2020 - 12H15

Uma luta sobre insistir e resistir: Dia da Visibilidade Lésbica

Entenda porque agosto é o mês dedicado a visibilidade lésbica

Talvez você não saiba, mas 29 de agosto não é apenas mais uma data qualquer no calendário. Mais que isso, é um dia marcado pela constante luta por respeito, dignidade, visibilidade e pelo direito a uma vida livre de violências. Foi em 1996, nessa mesma data, que ocorreu o I Seminário Nacional de Lésbicas (SENALE), e desde então, outras sete edições do evento ocorreram pelo Brasil.

O SENALE reuniu lésbicas, pela primeira vez, na cidade do Rio de Janeiro para discutir e propor ações que interviessem nas políticas públicas, buscando por direitos para a diversidade de orientação sexual e identidade de gênero. Ao longo dos anos o seminário transformou-se no maior evento de interação político pedagógico nacional, construído por lésbicas e mulheres bissexuais.

É importante também lembrar que todo o mês de agosto é dedicado à visibilidade lésbica, já que no dia 19 também temos um importante episódio que foi nomeado como o Dia Nacional do Orgulho Lésbico.

Na época, um jornal feito por e para mulheres lésbicas era distribuído por diferentes lugares, incluindo um antigo bar em São Paulo, chamado “Ferro’s Bar”.

O estabelecimento era conhecido como ponto de encontro entre lésbicas, o que não agradava o proprietário. Em certo dia, o dono do local proibiu a circulação dos jornais, pois, segundo ele, aquilo era um atentado aos bons costumes.

É então, no dia 19 de agosto de 1983, que várias frequentadoras e ativistas, lideradas por Rosely Roth, realizaram um protesto ocupando o “Ferro’s Bar” para ler o Manifesto em Defesa dos Direitos das Mulheres Lésbicas, episódio esse conhecido também como “Pequeno Stonewall Inn Brasileiro”.

Reprodução
Reprodução


No entanto, falar sobre a visibilidade dessa comunidade não se limita apenas a datas específicas, é falar também sobre todos os dias no qual essas mulheres lutam contra o machismo, a misoginia e a lesbofobia a qual estão expostas.

É mostrar que a opressão direcionada a uma orientação sexual (isso vale também para a identidade de gênero), seja ela qual for, é falar de vidas construídas a partir do medo, da negação familiar e social. A Imposição e a opressão é violentar física e psicologicamente uma pessoa, é anular seus sentimentos, opiniões e principalmente sua liberdade para ser quem quiser.

O mês da visibilidade lésbica é um dos vários exemplos de uma luta diária em busca do direito de amar e de ser amado igualmente, de se sentir segura em casa ou na rua. É um lembrete de que elas estão aí, insistindo e resistindo todos os dias.

Com supervisão de Nicole Almeida. 

Apoio ao Talento:




Escrito por
Aluna Maria Luiza Matsumoto (Arquivo Pessoal )
Maria Luiza Matsumoto Diniz | Colégio Anglo

Aluna do 2° ano do Ensino Médio do Colégio Anglo Cassiano Ricardo, em São José dos Campos

1 Comentário

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Exclusivo | Comissão Pré-Julgadora

Boleto

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Meon, em Alunos

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.