A Amil, uma das maiores operadoras de planos de saúde do país, está no centro de uma polêmica após cancelar milhares de contratos coletivos por adesão, impactando inclusive crianças e jovens com transtorno do espectro autista (TEA), doenças raras e paralisia cerebral.
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Essa decisão desencadeou uma série de mobilizações e ações judiciais. Os contratos afetados estão programados para vencer no dia 31 de maio.
Segundo comunicado da Qualicorp, responsável pela administração da maioria desses contratos, os mesmos têm gerado prejuízos acumulados à operadora, resultando em reajustes significativos que não foram suficientes para reverter a situação.
A Amil confirmou que está cancelando uma série de contratos em parceria com administradoras de benefícios, alegando desequilíbrio extremo entre receita e despesa por pelo menos três anos. Contudo, não divulgou o número total de cancelamentos.
A decisão da Amil gerou uma onda de protestos, com mães mobilizando campanhas nas redes sociais, registrando queixas em órgãos de defesa do consumidor e buscando assessoria jurídica para entrar com ações judiciais.
Em um dos casos, João Miguel, que enfrenta a atrofia muscular espinhal (AME), expressou em suas redes sociais após obter uma liminar: "O juiz não vai deixar a Amil cancelar o meu plano. Eu vou viver." Sua família desembolsa R$ 3.500 mensais pelo plano e tem enfrentado desafios financeiros para custear as despesas legais.
A decisão da Amil também afetou outras operadoras, como a Unimed Nacional, que enfrenta situação similar. Luciana Soares Munhoz, mãe de dois filhos autistas, viu seus filhos sendo atendidos por meio de liminar após o cancelamento do plano.
Esses cancelamentos unilaterais de contratos coletivos por adesão têm gerado preocupação e mobilização entre famílias de todo o país, que buscam garantir o acesso contínuo a tratamentos essenciais para a saúde de seus filhos.
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