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Andrea Matarazzo vê 'epidemia de incompetência' na gestão Covas

SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) - Além da epidemia de Covid-19, São Paulo enfrenta uma epidemia de incompetência na gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB), disse nesta quinta-feira (29) o candidato Andrea Matarazzo (PSD), em sabatina feita pela Folha em parceria com o UOL.

Matarazzo elencou o que chama de ineficiência da gestão atual ao falar dos principais problemas da cidade, ao lado da pandemia e da falta de saneamento básico.

"São dois vetores: as questões emergenciais causadas pela Covid e as questões estruturais, que, a meu ver, o principal problema da cidade hoje é o saneamento. E entraria na terceira, a epidemia de incompetência dessa gestão, mas aí só resolve na eleição", afirmou.

Membro histórico do PSDB desde o começo dos anos 1990, Matarazzo era um dos candidatos naturais do partido a disputar a prefeitura na eleição de 2016. Ele acusou, no entanto, o então governador Geraldo Alckmin de usar a máquina do estado para lançar João Doria candidato, com Covas como vice, e deixou o partido em meio às prévias, se filiando ao PSD.

Na sabatina desta quinta, Matarazzo disse que sua experiência na prefeitura nas gestões Serra (PSDB) e Kassab (PSD), quando foi secretário de Subprefeituras, mostrou que é possível fazer mais com o orçamento que tem em mãos.

"Tenho achado a gestão da cidade uma lástima, me desculpe dizer. Aliás, até diria que se alguém achar que tá bom, realmente, eu não tenho nada a oferecer. Eu sei que por ter ficado cinco anos na prefeitura, por ter trabalhado com orçamento público, dá pra fazer dez vezes mais e dá pra mudar a questão da desigualdade que tem em São Paulo e tirar a periferia de São Paulo do abandono em que ela está", afirmou.

Como já havia dito em entrevista à Folha em agosto, o candidato voltou a dizer que o vereador Milton Leite (DEM) comanda a cidade hoje.

"Hoje quem comanda a cidade é o vereador Milton Leite, que aliás é um homem inteligente, eu conheço bem. Mas ele que tem comandado, tem dado diretriz, tem as secretarias, a secretaria de Transportes", disse.

"Hoje você não tem prefeito presente e nem com autoridade. Você tem as subprefeituras todas loteadas para vereadores, as secretarias loteadas pelos partidos, com forte influência do DEM. É uma opção que o prefeito fez, terceirizou a administração da cidade", completou.

O candidato tentou se colocar ao centro no espectro político, afirmando que "buraco de rua não é nem conservador nem progressista, só tem que ser tampado", disse respeitar a população LGBT e afirmou que é razoável haver mecanismos que exijam a vacinação contra a Covid-19, como escolas só aceitarem matrículas de crianças imunizadas.

Ex-secretário de Cultura do estado, Matarazzo prometeu um programa continuado de formação que una as secretarias municipais de Cultura, Educação e Esportes, geridos por organizações sociais, onde os alunos frequentem espaços culturais como teatros e também espaços esportivos. "Isso vai dar tranquilidade para os pais que estão trabalhando, a criança terá novos horizontes e novas oportunidades", afirmou. "A formação em tempo integral eu acho hoje essencial para a criança paulistana."

Empresário, radialista e político brasileiro, Matarazzo foi ministro-chefe da Secretaria de Comunicação no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), entre 1999 e 2001, embaixador do Brasil na Itália (entre 2001 e 2002). No estado foi secretário de Cultura (2010 a 2012) e Energia (1998). Na prefeitura, foi subprefeito da Sé (2005 a 2007), secretário Municipal de Serviços (2005 a 2006) e secretário das Subprefeituras (2007 a 2009). Ele também ocupou o cargo de vereador.

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