O Brasil está se posicionando para se tornar um líder global em tecnologias de armazenamento de energia e captura de carbono, por meio do projeto GeoStorage, criado pelo Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) da USP. A iniciativa visa desenvolver soluções que atendam à crescente demanda por fontes energéticas renováveis, além de combater as emissões de CO₂ e impulsionar a transição energética no país.
O GeoStorage concentra pesquisas em áreas como o armazenamento de hidrogênio e energia com ar comprimido, além do desenvolvimento de hidrogênio azul, uma tecnologia inovadora que será explorada no pré-sal. O projeto também busca aprimorar o armazenamento geológico de carbono, com foco em soluções que sejam eficazes e acessíveis para uso em larga escala. Segundo Julio Meneghini, diretor do RCGI, o Brasil possui um grande potencial para liderar esse campo, uma vez que a adoção dessas tecnologias é essencial para o futuro energético do planeta.
Lançado durante a Conferência Internacional sobre Transição Energética (ETRI 2024), realizada em São Paulo, o GeoStorage é um hub de pesquisa que já reúne uma equipe de especialistas de renome. Entre eles, destacam-se o professor Colombo Tassinari, do Instituto de Energia e Ambiente da USP, e Nathália Weber, cofundadora da CCS Brasil, organização focada no desenvolvimento de projetos de captura e armazenamento de carbono. A pesquisa realizada no GeoStorage está respaldada por estudos científicos de referência, publicados em revistas e apresentados em congressos internacionais.
Uma das inovações mais promissoras do GeoStorage é a superbateria de hidrogênio, que pode resolver um dos maiores desafios das energias renováveis: a intermitência. A tecnologia prevê o uso de cavernas de sal para armazenar hidrogênio produzido quando há excesso de energia renovável, como solar ou eólica, e convertê-lo em eletricidade quando a demanda é maior e o custo da energia está mais alto. Essa solução não só torna o armazenamento em larga escala mais acessível, mas também é mais econômica, com custos significativamente mais baixos do que outras alternativas, como as baterias de lítio e os sistemas de bombeamento hidráulico.
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