RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O vereador Jair Barbosa Tavares, o Zico Bacana (Podemos), foi baleado na noite desta segunda-feira (2) durante campanha em Ricardo de Albuquerque, na zona norte do Rio.
Às 21h, sua assessoria informou que Zico foi atingido na cabeça e que estava consciente. O ataque aconteceu quando o vereador estava no Bar do Xuxa. Ainda não há mais informações sobre o crime.
A SES (Secretaria Estadual de Saúde) informou em nota que o vereador deu entrada no Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, e que está estável.
Candidato à reeleição, Zico é policial militar e foi citado no relatório final da CPI das Milícias da Alerj (Assembleia do Rio), em 2008. No documento, ele foi apontado como líder da milícia que atuava em Guadalupe, na zona norte.
Em 2018, Zico foi convocado a prestar depoimento no contexto do inquérito que apura o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).
Naquele ano, a Polícia Civil recolheu imagens do circuito interno de câmeras da Câmara Municipal do Rio, para saber quem esteve no sétimo andar do prédio, onde ficava o gabinete de Zico, no dia da morte de Marielle.
O tráfico e a milícia representam grave ameaça para as eleições municipais no estado.
Só na Baixada Fluminense, a IDMJR (Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial) contabiliza que 12 pessoas que se candidatariam nessas eleições às Câmaras Municipais foram assassinadas desde o ano passado.
Na manhã da última sexta-feira (30) foi assassinada uma cabo eleitoral de uma influente família de políticos em Magé. Na véspera do atentado, Renata Castro esteve na Polícia Federal para fazer um registro de ameaça de morte.
No início de outubro, dois candidatos a vereador em Nova Iguaçu foram mortos a tiros em um intervalo de 11 dias. Um deles havia sido preso em julho durante operação que mirou uma milícia do município.
Após os dois assassinatos, a Polícia Civil criou uma força-tarefa para coibir os grupos paramilitares, visando reduzir interferências no pleito eleitoral. Nesse mês, a corporação intensificou as operações e matou 17 suspeitos de integrarem milícias.
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