Brasil

Conab projeta nova safra recorde de grãos em 2025/26

Estimativa aponta crescimento de 1%

Escrito por Meon

18 SET 2025 - 14H15

reprodução

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, nesta quinta-feira (18), a 13ª edição do relatório “Perspectivas para a Agropecuária 2025/2026”, que projeta um novo recorde na produção de grãos no Brasil. A expectativa é de que a safra alcance 353,8 milhões de toneladas, um aumento de 1% em relação ao ciclo 2024/25, que registrou 350,2 milhões de toneladas — até então, o maior volume da história.

O presidente da Conab, Edegar Pretto, afirmou que os números são apresentados de forma conservadora, mas dentro de um cenário realista. “Nossos levantamentos estão cada vez mais assertivos. No dia 14 de outubro será divulgado o primeiro de 12 relatórios da próxima safra, e temos a perspectiva de alcançar mais um recorde”, disse.

Expansão da área cultivada

Segundo a Conab, o crescimento será sustentado principalmente pela expansão da área agrícola, que deve passar de 81,74 milhões para 84,24 milhões de hectares em 2025/26. Já a produtividade média nacional deve recuar 2%, chegando a 4.199 quilos por hectare, após um ciclo favorecido por condições climáticas excepcionais.

Soja e algodão em alta

A soja deve ser novamente a protagonista do avanço. A produção prevista é de 177,6 milhões de toneladas, 3,6% a mais do que em 2024/25, o que consolidaria novo recorde histórico. O aumento é explicado pela forte demanda internacional e pela ampliação da área plantada.

No caso do algodão, a área semeada deve crescer 3,5%, com produção estimada em 4,09 milhões de toneladas, alta de 0,7% frente ao ciclo anterior.

Milho em leve queda

Apesar da ampliação da área cultivada, a produção total de milho deve cair 1%, somando 138,3 milhões de toneladas. A redução é atribuída à menor produtividade em comparação à safra anterior e ao redirecionamento do consumo interno para a produção de etanol, além do aumento da demanda internacional, especialmente da Ásia.

Arroz e feijão

A Conab prevê retração na área de arroz, de 1,76 milhão para 1,66 milhão de hectares, e redução de 4,8% na produtividade média, reflexo do excedente registrado em 2024/25. Já a produção de feijão deve ficar em torno de 3,1 milhões de toneladas, volume suficiente para atender à demanda doméstica.

Contexto global

A ministra substituta do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Fernanda Machiaveli, destacou o resultado como positivo mesmo em cenário adverso. “O Brasil terá mais uma safra recorde em meio às mudanças climáticas, tensões geopolíticas e guerra comercial. Seguiremos abastecendo as famílias brasileiras e garantindo alimentos para o mundo, com uma agricultura cada vez mais sustentável”, afirmou.

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