A Suíça aprovou, nesta segunda-feira (6), uma cápsula que permite que pacientes tirem a própria vida por falta de oxigênio. O suicídio assistido é permitido no país europeu desde 2001.
Segundo informações do SwissInfo, portal de notícias suíço, a máquina, chamada de Sarco, é operada por dentro e funciona reduzindo o oxigênio até alcançar um nível crítico e o paciente morrer.
Em entrevista ao jornal, Philip Nitschke, fundador da Exit International na Austrália (associação que defende e acompanha o suicídio assistido), relata que o equipamento é fabricado em uma impressora 3D e não sofreu impedimentos legais para uso na Suíça.
“Em 2020 avaliamos a legalidade do seu uso. A avaliação foi feita e estamos muito satisfeitos com o resultado, pois descobrimos que nada foi negligenciado. Não há nenhum impedimento legal para o seu uso”, disse Philip Nitschke ao SwissInfo.
O processo leva menos de um minuto e a morte ocorre por hipocapnia (baixo teor de dióxido de carbono no sangue) e hipóxia (falta de oxigênio nos órgãos).
O Sarco é alvo de críticas por supostamente glamourizar o suicídio, bem como um aplicativo de realidade virtual que permite às pessoas “vivenciarem sua própria morte virtual”. Esta experiência virtual foi apresentada na igreja Westerkerk em Amsterdã na feira Funeral Expo 2018, gerando preocupações no conselho da igreja.
Em 2020, cerca de 1.300 pessoas morreram por suicídio assistido na Suíça. Os procedimentos são acompanhados, em sua grande maioria, por duas organizações, a Exit (sem conexão com a Exit International) e Dignitas.
Em 11 de dezembro de 2001, a assistência ao suicídio foi descriminalizada na Suíça. O Código Penal do país permite a assistência do procedimento salvo os casos em que pode haver interesses pessoais, ou seja, herdeiros do paciente não podem estar envolvidos no processo, por exemplo.
É importante destacar que o suicídio assistido é diferente de eutanásia, que continua sendo crime na Suíça. O procedimento deve ser executado pela própria pessoa, ou seja, ela mesma deve tomar a substância letal ou, no caso do Sarco, acionar o mecanismo que tirará o oxigênio da cápsula.
Apesar do número expressivo de suicídios assistidos no país, a Exit garante que o paciente se enquadre em uma série de critérios como, por exemplo, ter uma doença incurável, com morte previsível e que provoque sofrimentos psíquicos e físicos que tornem sua existência insuportável. Outro critério é que a pessoa deve ter capacidade de discernimento. Caso seja diagnosticado um quadro de depressão, por exemplo, o procedimento não é permitido, pois entende-se que a pessoa não está em capacidade de decidir.
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