As concessões no crédito livre subiram 5,1% em julho ante junho, para R$ 327,5 bilhões, informou o Banco Central. Houve avanço de 12,9% em 12 meses até julho.
No crédito para pessoas físicas, as concessões subiram 13,3% em julho ante junho, para R$ 190,7 bilhões. Em 12 meses até julho, há alta de 13,4%.
Já no caso de pessoas jurídicas, as concessões caíram 4,6% em julho ante junho, para R$ 136,9 bilhões. Em 12 meses até julho, o avanço é de 12,2%.
A taxa de inadimplência no crédito livre foi de 3,8% para 4,0% na passagem de junho para julho. Em julho de 2018, a taxa estava em 4,3%.
Para pessoa física, a taxa de inadimplência seguiu em 4,8%. Para as empresas, a taxa foi de 2,6% para 2,8%.
A inadimplência do crédito direcionado foi de 1,8% para 1,9% na passagem de junho para julho.
Já o dado que considera o crédito livre mais o direcionado mostra que a taxa de inadimplência foi de 2,9% para 3,0%.
Juro médio no crédito livre
A taxa média de juros no crédito livre caiu de 38,3% ao ano em junho para 38,0% ao ano em julho. Em julho de 2018, essa taxa estava em 38,1% ao ano.
Para pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre passou de 53,2% para 52,2% ao ano de junho para julho, enquanto para pessoa jurídica foi de 18,7% para 19,2% ao ano.
Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa passou de 322,2% ao ano para 318,7% ao ano de junho para julho. No crédito pessoal, a taxa passou de 44,3% para 43,9% ao ano.
Desde julho do ano passado, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. A expectativa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) era de que essa migração do cheque especial para linhas mais baratas acelerasse a tendência de queda do juro cobrado ao consumidor. Em junho de 2018, antes do início da nova dinâmica, a taxa do cheque especial estava em 304,9% ao ano.
Os dados divulgados pelo Banco Central mostraram ainda que, para aquisição de veículos, os juros foram de 20,8% ao ano em junho para 20,3% em julho.
A taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 25,2% ao ano em junho para 25,0% ao ano em julho. Em julho de 2018, estava em 24,4%.
Já o Indicador de Custo de Crédito (ICC) ficou estável em julho ante junho, aos 21,4% ao ano. O porcentual reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque. Na prática, o indicador reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.
Spread médio no crédito livre
O spread bancário médio no crédito livre passou de 31,5 pontos porcentuais em junho para 31,6 pontos porcentuais em julho.
O spread médio da pessoa física no crédito livre foi de 46,2 para 45,7 pontos porcentuais no período. Para pessoa jurídica, o spread médio passou de 12,2 para 13,1 pontos porcentuais.
O spread médio do crédito direcionado permaneceu em 4,0 pontos porcentuais na passagem de junho para julho.
Já o spread médio no crédito total (livre e direcionado) foi de 19,6 pontos porcentuais para 19,7 pontos porcentuais no período.
Estoque total
O estoque total de operações de crédito do sistema financeiro caiu 0,2% em julho ante junho, para R$ 3,290 trilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses, houve alta de 5,1%.
Em julho ante junho, houve elevação de 0,8% no estoque para pessoas físicas e baixa de 1,5% para pessoas jurídicas.
De acordo com o BC, o estoque de crédito livre avançou 0,1% em julho, enquanto o de crédito direcionado apresentou baixa de 0,5%.
No crédito livre, houve alta de 1,6% no saldo para pessoas físicas no mês passado. Para as empresas, o estoque recuou 1,7% no período.
O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) foi de 47,2% para 46,9% na passagem de junho para julho.
As projeções do BC, atualizadas no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho, indicam expansão de 6,5% para o crédito total em 2019. A projeção para o crédito livre este ano é de alta de 11,6%, enquanto a expectativa para o crédito direcionado é de alta de 0,4%.
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