Na tarde desta terça-feira (2), a Corregedoria-Geral da Secretaria Nacional de Políticas Penais emitiu uma nota oficial revelando o desfecho da investigação sobre a fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN), ocorrida em fevereiro deste ano. O órgão, vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, reconheceu falhas nos procedimentos, mas ressaltou que não encontrou indícios de corrupção relacionados ao caso.
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De acordo com a nota divulgada, a corregedora responsável determinou a conclusão do relatório que apura as responsabilidades pelo incidente. O documento revela que houve reconhecimento de deficiências nos procedimentos adotados, porém, não foram identificados elementos que sugiram envolvimento de corrupção no episódio da fuga.
Diante dessas constatações, a Corregedoria-Geral decidiu abrir uma nova investigação preliminar sumária. O foco desta nova fase será direcionado para a identificação das causas que contribuíram para a fuga dos detentos, com especial atenção voltada aos problemas estruturais existentes na unidade federal de Mossoró.
Relembre o caso
Na madrugada do dia 14 de fevereiro, Deibson Cabral Nascimento e Rogerio da Silva Mendonça fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, localizada a cerca de 290 quilômetros de Natal.De acordo com investigações preliminares, os dois criminosos fugiram pelo espaço de uma luminária e, em seguida, se deslocaram até chegar ao telhado. Eles teriam descido por um poste de iluminação.
Desde que a dupla deixou a penitenciária, foi iniciada uma força-tarefa para tentar localizar os fugitivos. Foram mobilizados agentes da Força Nacional, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. Até cães farejadores foram enviados para ajudar nos trabalhos.
As buscas foram concentradas nas áreas de mata perto do presídio, especialmente na cidade de Baraúna, que é o último município do Rio Grande do Norte antes da divisa com o Ceará.
No fim de fevereiro, o ministério anunciou que a atuação da Força Nacional seria descontinuada para o caso e que o grupo de elite da Polícia Federal deixaria de atuar presencialmente nas buscas.
De acordo com a pasta, foi iniciada uma nova fase na operação de buscas e, agora, o foco é nas ações de inteligência para recapturar os presos. A mudança de estratégia foi adotada após 47 dias de buscas pelos fugitivos.
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