Brasil

Deputada Carla Zambelli é presa em Roma, na Itália

Deputada foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão

Escrito por Meon

29 JUL 2025 - 17H28 (Atualizada em 29 JUL 2025 - 17H49)

Reprodução

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa na tarde desta segunda-feira (29), em Milão, na Itália, após ser alvo de um mandado internacional de prisão decorrente de sua condenação no Supremo Tribunal Federal (STF). A parlamentar, que teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última semana, é acusada de disseminação de fake news e incitação ao crime, em ações ligadas ao contexto eleitoral de 2022.

Zambelli viajou à Europa nos últimos dias, sob alegação de compromissos políticos, mas a movimentação foi interpretada por autoridades brasileiras como uma possível tentativa de evasão do país diante do agravamento de sua situação jurídica. A prisão foi comunicada à Interpol pelo Brasil por meio de difusão vermelha, o que viabilizou sua captura pelas autoridades italianas.

A defesa de Zambelli ainda não se manifestou oficialmente, mas aliados afirmam nos bastidores que ela vê sua prisão como “perseguição política” promovida pelo Judiciário brasileiro. A deputada, uma das principais vozes da ala bolsonarista no Congresso, já havia enfrentado inquéritos por porte ilegal de arma e divulgação de desinformação em massa, incluindo durante o episódio em que sacou uma arma e perseguiu um jornalista em São Paulo, às vésperas do segundo turno das eleições.

A cassação de seu mandato foi aprovada por ampla maioria no TSE, com base em provas de manipulação de conteúdo e ataques infundados contra o sistema eleitoral. A decisão ainda cabe recurso, mas os efeitos são imediatos. Zambelli, no entanto, deixou o país antes da formalização do cumprimento da pena, o que reforçou suspeitas de fuga deliberada.

A prisão de Zambelli na Itália reacende o debate sobre o uso de mandados internacionais contra políticos acusados de desinformação e confrontos institucionais. Enquanto parte da opinião pública defende o rigor judicial como essencial à democracia, setores conservadores denunciam “lawfare” e perseguição ideológica. O caso pode escalar para crise diplomática, caso haja resistência ao pedido de extradição. No tabuleiro político, a direita vê na prisão uma nova bandeira contra o que considera excessos do STF.

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