Brasil

Descarbonização da indústria no Brasil custará mais de R$ 40 bilhões

Material será divulgado nesta segunda-feira (4), na em Dubai, na COP 28

Escrito por Meon

04 DEZ 2023 - 11H08

Estudo produzido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que será necessário ao menos R$ 40 bilhões de investimentos para descarbonizar o setor até 2050 no Brasil. O material, será divulgado nesta segunda-feira (4), na Conferência do Clima, em Dubai.

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A CNI faz sugestões para acelerar o processo de descarbonização - ou seja, de redução de emissões de gases do efeito estufa para conter as mudanças climáticas e cumprir acordos internacionais. Incluindo maior ação governamental para aumentar o acesso a crédito. Também aplica críticas antigas do setor produtivo, como ao chamado "Custo Brasil".

“O custo adicional de descarbonização para a economia brasileira, considerando os dados obtidos em conjunto com segmentos industriais neste estudo, seria de US$ 8 bilhões de dólares, ou cerca de R$ 40 bilhões até 2050”- afirma o estudo.

O documento ressalva que alguns setores industriais não consideraram, nas contas, o custo de investimentos indiretos para aumentar a disponibilidade de energia limpa e de infraestrutura. "Assim, esse valor potencial poderá ser significativamente maior, mesmo porque ainda existe a necessidade de melhor refinamento dos números destinados aos investimentos setoriais em mitigação", afirma o documento lido pela reportagem.

A CNI defende subsídios para a incorporação de novas tecnologias nos segmentos industriais onde a redução das emissões de gases de efeito estufa é mais difícil. "Apesar das várias possibilidades de financiamento, ainda existem barreiras no cenário nacional para sua efetivação, como as dificuldades de acesso. Além disso, a indústria hard to abate [como petróleo e aço] precisará de implementação de tecnologias subsidiadas, como têm sido as políticas de descarbonização nas maiores economias do globo", afirma o estudo produzido pela entidade.

"É imperativo que o governo desempenhe um papel ativo no financiamento dessa transição profunda. Isso pode ser feito por meio de uma participação ativa do BNDES no papel de financiador da transição, da criação de fundos públicos específicos, da facilitação do acesso ao crédito e da formação de parcerias público-privadas", diz o estudo.

A entidade defende, no texto, a criação de um mercado de carbono no Brasil e de "offsets florestais" - a possibilidade de empresas compensarem parte de suas emissões financiando reflorestamento e outras atividades que retirem carbono da atmosfera.

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