Brasil

Especialista explica o que fazer para proteger os pets nos dias mais frios

Não podemos esquecer dos nossos bichinhos

Escrito por Reinaldo Moreira

29 MAI 2024 - 20H51 (Atualizada em 11 JUN 2024 - 16H05)

Reprodução

Com as temperaturas caindo em diversos locais do país, é normal que alguns cuidados sejam tomados por todos em relação ao frio. Porém, quando falamos de um assunto como esse, também não podemos esquecer dos nossos bichinhos, os famosos pets de estimação, que hoje em dia são membros da família e merecem todo nosso cuidado e atenção.

Apesar da pelagem, os cães e gatos, assim como nós humanos, também podem sofrer com as baixas temperaturas, por isso é muito importante tomar certas precauções.

Conversando sobre o assunto com o Dr. André Henrique Falconi Madsen, Médico-Veterinário de pequenos animais, o profissional explica: “Os pets (cães e gatos) são animais endotérmicos, ou seja, produzem e conseguem manter o calor do seu próprio corpo independente da temperatura ambiente e para isso ocorrer precisam de uma fonte de energia grande para terem uma termorregulação nesses dias mais frios e devido a esse gasto de energia temos uma queda no sistema imunológico. Então, assim como os humanos, os pets são sensíveis a climas mais frios e extremos, e isso pode variar de animal para animal dependendo de alguns fatores, como: espécie, raça, idade e alguma doença pré existente”.

Sobre este tema, o especialista ainda evidencia a questão da idade, já que os filhotes precisam de um cuidado especial. “Os filhotes ainda não possuem uma camada adiposa suficiente para se proteger, não conseguem provocar tremores suficientes para produção de calos, e por serem muito novos ainda não conseguem controlar o calor através do hipotálamo. Agora, citando também os cães idosos, temos a questão de doenças articulares e inflamatórias que agravam com a queda da temperatura”, acrescenta.

Dr. André, que possui quase 20 anos de experiência em fornecer tratamentos clínicos, realizar diagnósticos laboratoriais e realizar cirurgias de complexidade moderada em cães, gatos e uma variedade de animais selvagens e exóticos, lembra outro cuidado essencial com os animais no período de frio: “Para animais que vivem em áreas externas, estes devem ser mantidos em locais mais aquecidos como abrigos, onde estarão protegidos de correntes de ar frio e chuvas, com uma temperatura e umidade mais controlada. Para animais que vivem dentro de casa fica mais fácil esse controle, o uso de roupas nesse período é muito indicado, porém sempre observando se a roupa está úmida ou não”.

E as vacinas? O especialista explica que, não só na época fria do ano, mas em todas as outras, é necessário manter a vacinação dos pets em dia. “ Nesse período vemos muitos casos de gripes, e igualmente aos humanos, temos a vacina de “gripe” para cães (traqueíte infecciosa canina) e para os gatos a quádrupla felina (Panleucopenia, calicivirose, rinotraqueite e clamidíose)”, completa.

O médico-veterinário possui uma ampla bagagem quando o assunto é experiência. Todo seu profissionalismo vêm de inúmeros trabalhos realizados em diversos ambientes veterinários no Brasil, incluindo envolvimento direto em projetos de conservação da vida selvagem e serviços veterinários de emergência, onde adquiriu um entendimento clínico abrangente de uma multitude de questões de saúde animal.

Ainda sobre os cuidados com os animais de pequeno porte na época fria do ano, Dr. André fala que deve-se ter uma atenção redobrada na área nutricional do pet. “Devemos ter uma atenção redobrada para fornecer a quantidade ideal de calorias (energia) que o pet vai necessitar para a produção de calor nessa época de frio. Já vimos que a quantidade de energia é maior nesse período, também não podemos esquecer de alguns suplementos que auxiliam no inverno, como condroitina e glucosamina para cães idosos e com problemas articulares, ômega 3 para peles ressecadas, e suplementos de vitaminas para aumento de imunidade”.

Atualmente, o especialista em animais está com um novo projeto, um empreendimento proposto para avançar no campo da saúde e conservação da vida selvagem nos Estados Unidos, como uma extensão natural do seu compromisso com essa área vital da medicina veterinária. “Meu objetivo é aproveitar minha vasta experiência, capacidades de pesquisa e paixão pela conservação da vida selvagem para contribuir significativamente com os esforços dos EUA e internacionais na proteção da biodiversidade e garantia da saúde das populações de animais selvagens”, nos contou.

Para finalizar, o médico-veterinário fez questão de relatar mais uma questão importante para o bem-estar dos pets no frio. “Cães e gatos devem ter acesso à água fresca e potável, que não esteja congelada. Passeios devem ser reduzidos e evitados nos horários mais gelados do dia. Em casos de neve, é importante limpar as patas dos pets após passeios externos para evitar o contato com substâncias tóxicas presentes na neve derretida”, termina


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Por Reinaldo Moreira, em Brasil

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