O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta terça-feira (4) que legistas da Polícia Federal participem das investigações sobre a operação policial no Rio de Janeiro que deixou 121 mortos, incluindo quatro policiais, nos complexos do Alemão e da Penha. A ação, considerada a mais letal da história do estado, foi deflagrada no dia 28 de outubro pelo governo fluminense contra o Comando Vermelho (CV).
Durante entrevista às agências Associated Press e Reuters, em Belém (PA), Lula classificou o episódio como uma “matança” e afirmou que a ordem judicial determinava prisões, e não mortes.
“A decisão do juiz era uma ordem de prisão, não uma ordem de matança, e houve matança”, declarou o presidente.
O governo federal articula a participação da Polícia Federal na perícia das mortes, em cooperação com o Supremo Tribunal Federal (STF), que realiza nesta quarta-feira (5) uma audiência sobre o caso. O ministro Alexandre de Moraes já havia determinado que o governo do Rio preserve todas as provas, perícias e cadeias de custódia, garantindo acesso ao Ministério Público e à Defensoria Pública.
“É importante verificar em que condições a operação se deu, porque até agora temos apenas a versão contada pela polícia e pelo governo do estado. A sociedade quer saber se tudo aconteceu do jeito que dizem ou se houve algo mais delicado”, afirmou Lula.
No dia seguinte à operação, o governador Cláudio Castro (PL) declarou que a ação foi “um sucesso”, alegando que as únicas vítimas foram os policiais mortos em confronto. A fala gerou forte reação de ministros do governo federal, entre eles Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Macaé Evaristo (Direitos Humanos) e Anielle Franco (Igualdade Racial), que viajaram ao Rio para reuniões emergenciais sobre o caso.
Lula reforçou que, embora o combate ao crime organizado seja uma prioridade, a forma como as operações são conduzidas precisa ser repensada.
“Do ponto de vista da ação do Estado, a operação foi desastrosa”, disse o presidente, que também defende a tramitação da PEC da Segurança Pública e do Projeto Antifacção, propostos pelo governo federal para fortalecer a cooperação entre União e estados.
Uma pesquisa Quaest divulgada nesta segunda-feira (3) revelou que 64% dos moradores do estado do Rio de Janeiro aprovam a operação, enquanto 85% defendem penas mais duras para homicídios a mando de organizações criminosas e 72% apoiam o enquadramento do crime organizado como terrorismo.
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