O poder do comércio transfronteiriço na economia global

Você já ouvir falar em Cross Border? Este termo, que ao pé da letra significa “além da fronteira”, é o nome dado ao comércio transfronteiriço, aquele que é realizado de um país para o outro. Este mercado possui grandes previsões de crescimento e atrai os olhares de diversos empreendedores e profissionais.

Em 2018, de acordo com o Relatório da Zion Research, o mercado cross border valia cerca de US$562 bilhões. Agora, com uma taxa de crescimento anual de 27,4%, esse mercado poderá valer US$4 trilhões em 2027.

Conversando sobre este assunto com Ines Lassalle, advogada, especialista da área com amplo domínio do direito corporativo e empresarial em ambientes transfronteiriços, a crescente proximidade dos mercados globais e o avanço das tecnologias de comunicação constituem, de fato, um momento oportuno para as empresas considerarem a expansão das suas atividades para além das fronteiras nacionais.

“Esta tendência oferece potencial para aceder a novos mercados, diversificar fluxos de receitas e capitalizar economias de escala. No entanto, juntamente com estas oportunidades surgem vários desafios. Estas incluem navegar em diversos cenários jurídicos e regulamentares, gerir diferenças culturais, abordar barreiras linguísticas e mitigar riscos associados ao comércio internacional, tais como flutuações monetárias e instabilidade geopolítica”, acrescenta a advogada, que atualmente está lançando sua própria empresa de consultoria, US Expansion Partners, com o objetivo de preencher a lacuna entre os mercados europeu e americano.

Em resposta a estes desafios, a advogada, que também é especialista em expertise em regulamentações e conformidade na indústria de tecnologia, colaborando com renomados líderes de tecnologia como Jonathan Anguelov e Eric Larcheveque, revela que poderá ser necessária uma nova abordagem jurídica que enfatize a colaboração transfronteiriça, a conformidade com as normas internacionais e estratégias eficazes de gestão de riscos.

Sobre este tema, Ines continua: “Olhando para o futuro, este mercado deverá continuar a sua trajetória de globalização, impulsionada pelos avanços na tecnologia, pelas mudanças nas preferências dos consumidores e pela evolução das políticas comerciais”.

De acordo com o eMarketer, 80% dos varejistas em todo o mundo concordam que o cross border é lucrativo. Com isso, como podemos perceber, este mercado já é uma realidade e cada dia mais empresas estão fazendo parte dessas ações, criando para si uma autoridade de marca global.

Ines, que com apenas 27 anos já possui em seu currículo um Juris Doctor em Direito Empresarial Internacional pela Universidade de Sorbonne em Paris, a escola de direito mais bem classificada da França, bem como um diploma do Programa de Negócios Gerais da UCLA, ambos concluídos com honras, deixa sua opinião sobre o assunto:

“Na minha opinião, sobre este assunto, devemos também destacar a necessidade crescente de apoio a investimentos e empreendimentos comerciais entre a Europa e os EUA, uma procura acentuada pelo impacto da COVID-19 em ambos os mercados”, diz.

Como dito, o futuro deste mercado promete boas projeções. Porém, atualmente, já podemos encontrar diversos trabalhos promissores e de grande qualidade.