RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (12) operação para apurar a ação de uma milícia em favor de três candidatas nas eleições do Rio de Janeiro, entre elas Suêd Haidar, que tenta a prefeitura da capital fluminense pelo PMB (Partido da Mulher Brasileira).
Além dela, sua candidata a vice, Jéssica Natalina, e a candidata a vereadora Carminha Jerominho, seriam as beneficiadas.
São dez investigados. Dois deles apontados como fundadores da Liga da Justiça, organização criminosa com atuação na zona oeste da cidade.
Embora a PF não divulgue os nomes, estão entre os alvos da operação os irmãos José Guimarães Natalino e Jerônimo Guimarães Filho ele é pai de Carminha e tio de Jéssica.
Nas casas de dois dos investigados foram apreendidos cerca de R$ 320 mil em dinheiro, além de US$ 2.500, máscaras personalizadas e outros materiais de campanha.
Superintendente da PF, Tácio Muzzi afirma que a investigação, ainda em curso, nasceu depois de relatórios de inteligência financeira detectarem movimentações financeiras atípicas nas empresas ligadas aos investigados em um total de R$ 1 milhão.
Ainda que sem citar nomes, a PF informou que dois investigados já foram presos em operações passadas e que, por serem fichas sujas, teriam lançado parentes para retomada de poderio político na zona oeste da cidade.
O marido de Jéssica, que é policial militar, foi preso em flagrante por porte ilegal de arma e munição.
O superintendente da PF destacou o caráter preventivo da operação, na tentativa de impedir coação de eleitores. A intenção é garantir a liberdade dos eleitores.
Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em residências, comitês eleitorais e empresas ligadas aos investigados. Os mandados foram expedidos pela 16ª Zona Eleitoral.
A lei proíbe a prisão de candidatos nos 15 dias que antecedem as eleições. Os eleitores não podem ser presos a menos de cinco dias da votação.
O nome da operação faz alusão ao poeta e legislador grego que criou a Eclésia, a assembléia popular de Atenas apontada como o berço da democracia.
Em nota, o PMB afirmou ser ficha limpa e democrático nas suas filiações, nominatas e candidaturas, desde que sejam validadas e aprovadas pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
Estamos à disposição da Justiça para apuração de fatos que envolvam candidatos da nossa legenda. Hoje já somos mais de 1050 candidatos em todo Brasil e lutamos pelo combate à corrupção, diz a nota.
Candidata à Prefeitura do Rio, Suêd Haidar afirmou, também em nota, que apoia a operação, o Estado democrático de Direito, investigações policiais e reforça o compromisso com a Constituição que assegura o contraditório e ampla defesa a todos, não sendo a mesma alvo de nenhuma investigação.
Boleto
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.