Brasil

Piso salarial da enfermagem ainda enfrenta resistência

Brasil tem mais de 2,8 milhões de profissionais da área

Escrito por Meon

22 MAI 2023 - 11H50

Rovena Rosa/Agência Brasil

Profissionais da enfermagem enfrentam resistência à efetivação do piso salarial, após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter liberado o pagamento no último dia 15. O argumento de empregadores e municípios é falta de recursos o que, consequentemente, poderia gerar desemprego para o segmento profissional.

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A liberação do pagamento foi feita pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF. Contudo, o ministro entendeu que estados e municípios devem pagar o piso nacional da enfermagem nos limites dos valores que receberem do Governo Federal. Para profissionais da iniciativa privada, está prevista a possibilidade de negociação coletiva.

O novo piso para enfermeiros contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é de R$ 4.750, conforme definido pela Lei nº 14.434. Técnicos de enfermagem recebem, no mínimo, 70% desse valor (R$ 3.325) e auxiliares de enfermagem e parteiras, 50% (R$ 2.375). O piso vale para trabalhadores dos setores público e privado.

Dados do Conselho Federal de Enfermagem contabilizam mais de 2,8 milhões de profissionais do setor no país, incluindo 693,4 mil enfermeiros, 450 mil auxiliares de enfermagem e 1,66 milhão de técnicos de enfermagem, além de cerca de 60 mil parteiras.

Segundo a Confederação Nacional de Municípios, as cidades têm em seu quadro mais de 580 mil postos de trabalho da enfermagem. De acordo com estimativa da entidade, o impacto do piso aos municípios será de R$ 10,5 bilhões neste ano.

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