O futebol de uma seleção nacional nunca dorme. Mesmo longe dos holofotes de uma Copa do Mundo, a engrenagem trabalha sem cessar. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) parece entender bem essa dinâmica. De fato, por trás dos amistosos que muitas vezes o torcedor encara com certa desconfiança, existe uma filosofia clara. Enquanto o debate sobre os resultados ferve e buscas por melhores casas de apostas com bônus se multiplicam, a comissão técnica foca em algo maior.
Um plano de longo prazo batizado de “Preparar para Vencer”. Este conceito orienta cada decisão, desde a escolha do adversário até a complexa logística de uma viagem. Trata-se de uma construção paciente, que visa expor o time a todos os cenários possíveis antes do grande palco mundial. O resultado imediato nem sempre é o foco principal.
O mapa do tesouro tático
A comissão técnica, em concordância com a diretoria, estabeleceu uma rota de desenvolvimento. A prioridade é estritamente técnica. A ideia é fazer a Seleção Brasileira confrontar diferentes escolas do futebol mundial. Devido a essa diretriz, os adversários são escolhidos a dedo.
O plano “Preparar para Vencer” exige que os jogadores enfrentem estilos de jogo variados. Os amistosos contra Coreia do Sul e Japão, por exemplo, não foram aleatórios. Eles oferecem um futebol de altíssima intensidade física. Seus jogadores correm o tempo todo. Além disso, aplicam uma marcação que se assemelha a uma perseguição implacável.
Parece que o objetivo é simular o caos organizado que pode surgir em um mata-mata de Mundial. O roteiro segue uma progressão. Após o teste de resistência asiático, o plano prevê duelos contra seleções africanas. Depois, o desafio final virá contra as potências europeias.
Ecos do passado, lições para o futuro
A estratégia de enfrentar Coreia e Japão não é inédita. A Seleção já esteve na Ásia em 2022, sob o comando de Tite. Naquele momento, o contexto era outro. A equipe estava na fase final de ajustes para a Copa do Catar.
O foco era consolidar um modelo de jogo já estabelecido. Agora, com Carlo Ancelotti, a visita tem um propósito diferente. Inicia-se um ciclo de construção e de testes para 2026. A filosofia “Preparar para Vencer” se mantém, mas os objetivos de curto prazo mudaram radicalmente.
Antes, buscava-se a sintonia fina. Hoje, busca-se a fundação de um novo time. A repetição dos adversários serve como um excelente termômetro. Permite comparar as respostas do time em fases tão distintas de trabalho.
A balança de Tite entre a certeza e a ousadia
Em junho de 2022, a convocação de Tite gerou debates acalorados. A comissão técnica buscava um time mais criativo e equilibrado. Contudo, o treinador optou por uma abordagem mais conservadora. Sua prioridade era a continuidade do grupo. A ausência de certos jogadores em grande fase no futebol brasileiro causou estranheza em muitos.
A decisão revelou uma gestão que prezava pela coesão do elenco. O risco de introduzir uma nova peça, por mais talentosa que fosse, foi considerado alto demais. Tite protegeu a estrutura que já conhecia.
Nos jogos, a equipe correspondeu com uma vitória expressiva sobre a Coreia e um triunfo suado contra o Japão. Os resultados validaram a aposta na força do coletivo já formado.
A prancheta de Ancelotti e o sangue novo
A chegada de Carlo Ancelotti sinaliza uma nova era. Sua primeira convocação para os jogos na Ásia reflete essa mudança. O foco agora está na prospecção de talentos e na experimentação.
Nomes jovens que atuam na Europa ganharam espaço. A lista inclui atletas como Estêvão, Igor Jesus e Luiz Henrique. Sobre tudo, a escolha por jogadores que já estão no continente europeu otimiza a logística. Isso diminui o desgaste das viagens e aumenta o tempo útil de treinamento. É uma abordagem pragmática.
Diferente de Tite, que buscava certezas, Ancelotti usa os amistosos para testar. Ele procura o núcleo da equipe que irá ao Mundial de 2026. Portanto, a tolerância a eventuais tropeços é naturalmente maior.
A comparação entre os dois ciclos mostra uma clara distinção de objetivos.
Ciclo Tite (Rumo a 2022)
Ajuste fino do modelo de jogo existente.
Consolidação do grupo principal para o Mundial.
Ênfase na coesão e no entrosamento da equipe.
Baixa tolerância para experimentações de última hora.
Ciclo Ancelotti (Rumo a 2026)
Implementação de uma nova filosofia tática.
Observação e prospecção de jovens talentos.
Ênfase na construção e renovação do elenco.
Alta tolerância para testes e avaliações.
O adversário invisível chamado fuso horário
Um dos maiores desafios de uma excursão pela Ásia não entra em campo. A gestão da logística é um componente vital do sucesso. A diferença de fuso horário pode chegar a doze horas. Uma viagem do Brasil à Coreia do Sul, por exemplo, supera facilmente trinta horas.
O desgaste físico e mental dos atletas é imenso. Para combater o famoso jet lag, a CBF elaborou um protocolo rigoroso. A delegação se apresenta com bastante antecedência. Isso permite que o relógio biológico dos jogadores se ajuste.
Os treinos são marcados em horários estratégicos, geralmente no fim da tarde. A medida força o corpo a se adaptar ao novo ciclo diário. Claro está que essa programação cuidadosa é fundamental para a performance.
Previsão do tempo em São José para sexta-feira (24)
Sem chuva e tempo estável
Trump anuncia ação terrestre contra cartéis de drogas sem citar Venezuela
Presidente dos EUA afirma que não precisará de declaração de guerra do Congresso para operações
Polícia prende grupo suspeito de tráfico de drogas, armas e clonagem de cartões em Taubaté
Operação da Polícia Civil prendeu sete pessoas
Boleto
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.