Brasil

Primavera 2024: Saiba como será a nova estação

Efeito La Niña pode marcar os próximos 3 meses

Escrito por Meon

19 SET 2024 - 08H51 (Atualizada em 19 SET 2024 - 09H14)

Reprodução

A primavera de 2024 terá início oficialmente no Brasil no próximo domingo (22) às 9h44 (horário de Brasília). Segundo o Prognóstico da Primavera, elaborado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a Fundação Cearense de Meteorologia (FUNCEME), o clima seco deve prevalecer até meados de novembro.

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As chuvas podem ocorrer acima da média em algumas áreas isoladas, como o Acre, Roraima, o sudoeste do Amazonas (Região Norte), o sudeste da Bahia (Região Nordeste), e o Rio Grande do Sul (Região Sul). A região Centro-Oeste, principalmente os Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, deverá ter um retorno gradual das chuvas.

Entretanto, a umidade vinda da Amazônia será crucial para determinar a qualidade e o volume das chuvas nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e parte da Sul. O sul do Amazonas, uma das áreas com maior incidência de queimadas, continuará a sofrer com a seca e o aumento dos incêndios florestais até outubro.

Fenômeno La Niña e Perspectivas Climáticas

O fenômeno climático La Niña deverá começar no Brasil ainda em setembro, com 58% de chances de ocorrer até novembro. Entre os meses de outubro e dezembro, essa probabilidade aumenta para 60%.

No Sudeste, a previsão para os próximos três meses indica que São Paulo e o meio-oeste de Minas Gerais terão chuvas abaixo da média. Nas demais áreas, as chuvas devem ficar próximas ou acima da média, com tendência de regularização no decorrer da estação. As temperaturas devem permanecer acima da média, especialmente no oeste de Minas Gerais e São Paulo.

A primavera se encerrará no Brasil em 21 de dezembro, às 6h20 (horário de Brasília).

O que é o La Niña

O fenômeno La Niña, caracterizado pelo resfriamento anormal das águas superficiais do oceano Pacífico na região equatorial, provoca mudanças significativas no clima em várias partes do mundo. Esse resfriamento, que varia de 2 ºC a 4,5 ºC em relação à média anual (25 ºC a 27,5 ºC), é causado pelo fortalecimento dos ventos alísios, que sopram dos trópicos em direção ao equador, empurrando as águas quentes para o oeste, próximo ao Sudeste Asiático e Oceania.

Com esse deslocamento, águas frias das profundezas oceânicas sobem à superfície no litoral da América do Sul, em um processo conhecido como ressurgência, iniciando o fenômeno La Niña.

Efeitos do La Niña

O La Niña impacta a circulação atmosférica global, provocando mudanças transitórias no clima de diversas regiões do planeta. Entre os efeitos mais comuns estão variações inesperadas nas temperaturas e padrões de umidade, influenciando, por exemplo, a ocorrência de secas ou chuvas intensas em diferentes áreas.

Além disso, o fenômeno afeta a fauna marinha, especialmente na Costa Sul-Americana, devido ao aumento da concentração de nutrientes próximo à superfície, promovido pela ressurgência.

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