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Reviravolta em relatoria de caso Daniel Silveira na Câmara tem expectativa de inclusão de críticas ao STF

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A reviravolta na definição da relatoria do caso Daniel Silveira (PSL-RJ) na Câmara dos Deputados, que passou para a deputada Magda Mofatto (PL-GO) após indicação nesta quinta-feira (18) de que ficaria com Carlos Sampaio (PSDB-SP), tem embutida a expectativa de parlamentares bolsonaristas e do Centrão de que o documento inclua críticas à atuação do Supremo Tribunal Federal.

Esse grupo de parlamentares não tem manifestado oposição a um parecer pela manutenção da prisão de Silveira, mas pressiona para que o STF não saia incólume e seja criticado no relatório por ter, na visão deles, interferido nas atribuições do Legislativo e ter contribuído portanto para a quebra da harmonia entre os Poderes.

Diante da incerteza de que Sampaio contemplaria essas críticas à Corte, esses deputados procuraram membros da Mesa Diretora da Câmara para sugerir outros nomes.

O próprio deputado tucano foi sondado para adiantar suas posições, mas não estendeu conversas sobre o tema, o que desagradou o grupo de parlamentares.

Nesta sexta, diz Sampaio em nota, foi surpreendido com a notícia da troca.

"Registro que minha surpresa decorreu, principalmente, pelo fato da minha indicação ter sido feita durante uma discussão do colégio de líderes, sendo que foi o próprio presidente Arthur Lira (PP-AL) quem me ligou, perguntando se eu aceitava a escolha, ao que, prontamente, respondi que sim. Em minhas entrevistas, logo após ter sido indicado como relator, deixei claro que o caso seria analisado com a 'sensatez e equilíbrio' necessários para uma questão dessa dimensão política e institucional. Não sei se isso preocupou algum partido ou parlamentar e quero crer que não", afirma a nota de Sampaio.

Mofatto, do partido de Valdemar Costa Neto, é bolsonarista e posta fotos com membros da família presidencial com frequência em suas redes sociais.

O deputado Daniel Silveira está preso desde a noite de terça-feira (16), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news na corte. A prisão foi decidida após o deputado divulgar um vídeo com ataques verbais e ameaças a ministros do STF e foi referendada pelo plenário da Corte posteriormente.

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