A São Clemente pode perder pontos em alegorias. Um dos dedos da mão direita da enorme Matinta Perera do carro abre-alas se quebrou logo no início do desfile. O personagem do folclore acriano "assombra" a Sapucaí. A alegoria lembra ainda a floresta que cerca Rio Branco e os outros seres fantásticos, que assustavam o carnavalesco Fernando Pamplona, o homenageado da escola, na infância.
Apesar do medo de assombração, Pamplona ensaiava o bloco de sujos no cemitério. Preferiam a quadra IV, que ainda estava em obras e não tinha corpos enterrados, cujas almas poderiam "reclamar" do batuque. É dessa quadra que trata o segundo carro da escola.
A São Clemente iniciou seu desfile com a pista seca. Por volta das 21 horas, meia hora antes da largada, chegou a chover, mas logo cessou. Ontem (15), choveu bastante durante as apresentações das duas primeiras escolas, Unidos do Viradouro e Mangueira, o que prejudicou o sistema de som da avenida, falho nessa duas apresentações. Componentes tiveram que enfrentar grandes poças-d'água.
Depois da São Clemente, virão Portela, Beija-Flor - essas, as grandes expectativas da noite -, União da Ilha, Imperatriz e Unidos da Tijuca. A chuva fraca frustrou os vendedores de capas de chuva que se aglomeram no entorno do Sambódromo. Depois do que aconteceu ontem, hoje apareceram mais ambulantes. O aumento da oferta fez cair o preço: de dez para cinco reais.
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