Com 200 cv, Yamaha V-Max é brutal

Yamaha V-Max

Mario Villaescusa/Duas Rodas

Ela não é uma naked, muito menos uma custom. É difícil definir a Yamaha V-Max que, como um "Frankenstein", mistura posição de dirigir de estradeira com desempenho de esportiva. Importado do Japão, o modelo tem tabela de R$ 99 mil no País.

Seu motor V4 de 1.679 cm3 rende 200 cv de potência e torque de 17 mkgf. A transmissão é de cinco marchas.

A V-Max tem mais força do que a entregue pela esportiva "de verdade" da marca, a R1, cujo motor gera 11,4 mkgf. Para garantir a estabilidade da estrutura, há quadro de alumínio no qual o motor faz parte do chassi, com o objetivo de aumentar a rigidez.

O painel é bipartido. O mostrador digital fica sobre o tanque e o enorme conta-giros analógico é posicionado no guidom, que traz o shift light. Esse sistema indica com uma luz vermelha o melhor momento para as trocas de marcha. como nos carros de arrancada. O assento tem apoio para manter o piloto firme durante as acelerações mais vigorosas.

Força Bruta
Ao ligar o motor, o som encorpado proveniente das quatro saídas de escape feitas de titânio domina o ambiente. O engate das marchas, apesar do jeitão bruto da moto, é macio.

Manobras em baixa velocidade são fáceis de executar, pois a dianteira é leve. Isso sem que haja comprometimento a estabilidade em curvas.

O torque é despejado na roda traseira com a mesma "sutileza" de um coice de cavalo, e como não há controle de tração, exige que o piloto dose o acelerador com parcimônia. O entre-eixos de 1,7 metro serve para dar mais estabilidade em retas e ajuda a evitar que a moto empine facilmente.

Os discos de freio, duplos com 320 milímetros na dianteira e simples, de 298 mm atrás, são superdimensionados e têm poder de sobra, mas atuam de forma progressiva. E contam com sistema antitravamento (ABS).

Ficha Técnica
Preço sugerido
R$ 99.000

Motor
1.679 cm³, V4, a gasolina

Potência (cv)
200 a 9.000 rpm

Torque (mkgf)
17 a 6.500 rpm

Câmbio
Cinco marchas

Yamaha V-MAX
Prós
Motor
Com torque maior que o da R1, V4 é o ponto alto da moto.

Contras
Posição de guiar
Guidom largo e pedaleiras recuadas: combinação ruim.

Detalhes
Shift light no conta-giros indica momento de trocar as marchas. Mostradores de combustível e temperatura ficam no tanque. No banco há um apoio de lombar que dá suporte ao piloto nas Acelerações. Entradas de ar cromadas do motor V4 se destacam nas laterais do modelo.

Concorrentes
Ducati Diavel
Com motor de dois cilindros em L que gera 162 cv e câmbio de seis marchas, a Diavel parte de R$ 58.900. Montada em Manaus, traz controle de tração, freios ABS e três modos de condução.

Triumph Rocket III
Por R$ 71.990, a moto da marca inglesa tem propulsor 2.3 de três cilindros, com 148 cv, e câmbio de seis marchas. Produzida em Manaus, oferece apenas freios ABS como aparato eletrônico.

Harley-Davidso Night Rod
O motor V2 é refrigerado a água, foi desenvolvido em parceria com a Porsche e entrega 125 cv. Por R$ 56.900, o modelo tem câmbio de cinco marchas, ABS e também é montado em Manaus.