Metanol: SP amplia diagnóstico e tem 152 casos descartados

O gabinete de crise montado pelo Governo do Estado de São Paulo para enfrentar casos de intoxicação por metanol após ingestão de bebidas adulteradas segue atuando com monitoramento de saúde, fiscalizações e operações conjuntas para combater fraudes no comércio de bebidas.

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De acordo com balanço divulgado nesta quinta-feira (9) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP), o número de casos descartados após análises clínicas e epidemiológicas subiu para 152 — 41 novos casos foram eliminados nas últimas 24 horas. Até o momento, o estado contabiliza 171 ocorrências relacionadas à intoxicação: 23 confirmadas (com cinco mortes), 148 em investigação (incluindo seis óbitos) e 152 descartadas.

Desde a confirmação dos primeiros casos, em setembro, o governo intensificou ações de saúde e segurança em todo o estado, além de campanhas de esclarecimento à população sobre os riscos da ingestão de bebidas falsificadas.

Uma das principais frentes desta quinta-feira foi a operação Gota a Gota, que combate irregularidades na comercialização de bebidas destiladas. A ação conjunta da Secretaria da Fazenda e da Polícia Civil resultou na suspensão de sete inscrições estaduais, elevando para 15 o total desde o início das operações. Ao todo, 13 estabelecimentos foram fiscalizados simultaneamente.

Outra ação importante ocorreu em Diadema, no ABC Paulista, onde uma adega clandestina teve bebidas interditadas. No local, 125 garrafas foram interditadas para comercialização, 17 apreendidas e seis tiveram o conteúdo descartado. Um supermercado da cidade também foi alvo de fiscalização, resultando na interdição de 511 garrafas de bebidas alcoólicas.

Na capital paulista, uma distribuidora foi totalmente interditada por operar sem licença. O espaço apresentava condições sanitárias inadequadas, com produtos armazenados a céu aberto e sem proteção.

Desde o início das ações, 13 estabelecimentos foram interditados e 26 locais fiscalizados pelas equipes da Vigilância Sanitária Estadual, em parceria com órgãos municipais, Procon e Polícia Civil. As interdições acontecem por irregularidades fiscais, sanitárias ou de segurança.

Os números de apreensões também impressionam:

Mais de 18,9 mil garrafas apreendidas desde 29 de setembro (68,9 mil ao longo de 2025);

Mais de 100 mil insumos confiscados;

378 mil rótulos apreendidos desde 29/9 (15 milhões ao longo do ano);

45 pessoas presas, sendo 24 apenas após o início das operações especiais.

As fiscalizações continuam em ritmo intensificado para reduzir o risco de novos casos de intoxicação e coibir o comércio ilegal de bebidas adulteradas em todo o estado.