Por Tião Oliveira Em Noticias

Estrela da Mercedes no Salão do Automóvel de São Paulo

O requinte no acabamento do AMG GT S impera

Mercedes AMG GT S (DIvulgação/Mercedes)

Mercedes-AMG GT S com destaque no requinte e modernidade

Divulgação/Mercedes

Estrela da Mercedes no Salão do Automóvel de São Paulo, o AMG GT S começa a ser vendido na Europa no início de 2015 e chega ao País logo em seguida. Com motor V8 biturbo de 4 litros e 510 cv, o superesportivo terá preço em torno de R$ 1 milhão. Fomos avaliá-lo em avenidas e rodovias da Califórnia e também no Autódromo de Laguna Seca, em Monterey.

Trata-se do segundo produto 100% feito pela AMG, que deixou de ser a divisão de preparação da Mercedes para se transformar em uma marca do grupo. Assim como seu precursor, o carro não tem versões "mansas" nem exibe o termo Benz no nome - há ainda a opção GT, de "somente" 462 cv, que deverá custar cerca de R$ 850 mil no Brasil.

O GT S é focado em alta performance e se destaca pelo primor do conjunto mecânico e a profusão de recursos eletrônicos. Tudo para oferecer em um modelo de rua respostas muito parecidas com as de carros desenvolvidos para as pistas.

Com cerca de 90% da estrutura feita de alumínio, o carro tem peças de magnésio e fibra de carbono. A meta é tornar sua carroceria o mais leve possível (são 231 quilos) e, ao mesmo tempo, rígida o suficiente para aguentar o esforço gerado pelo ímpeto do motor V8 gerenciado pelo câmbio automatizado de sete marchas e duas embreagens com opção de trocas manuais atrás do volante.

O resultado se traduz em um ótimo equilíbrio, seja em frenagens fortes ou ao contornar curvas fechadas em alta velocidade, como a da sequência de Laguna Seca chamada "saca-rolha". Mesmo em situações extremas, o AMG permanece firme na rota e praticamente não oscila.

Esse resultado é fruto também da distribuição de peso virtualmente perfeita: 47% no eixo dianteiro e 53% no traseiro. Outra boa solução é o motor com cárter seco, que permitiu reduzir sensivelmente o centro de gravidade do esportivo.

Com linhas limpas e harmoniosas, o carro oferece bom espaço para duas pessoas e o teto de vidro cria a sensação de que a cabine é ainda maior. Embora seja raso, o porta-malas é surpreendentemente amplo - são 350 litros de capacidade.

Ficha Técnica
Preço
R$ 1 milhão (estimado)

Motor
4.0, V8, 32V, biturbo, gasolina

Potência
510 cv a 6.250 rpm

Torque
66 mkgf a 1.750 rpm

Câmbio
Automatizado, 7 marchas

Aceleração (0 a 100 km/h)
3,8 segundos

Velocidade máxima
310 km/h

Comprimento
4,55 metros

Uma singela sigla, mas com amplo significado
A AMG foi criada há 47 anos por dois ex-funcionários da Mercedes apaixonados por alta performance. A sigla é formada pelas letras iniciais dos sobrenomes dos sócios - Hans Werner Aufrecht e Erhard Melcher e da cidade natal de Melcher, Grosspach (Alemanha).

Em 1999 teve início a integração gradual da marca ao grupo Daimler e, dez anos depois, a fábrica de Affalterbach criou o SLS AMG, primeiro carro desenvolvido 100% pela empresa.

Apresentado em 2009, o superesportivo resgatou as míticas portas do tipo asas de gaivota, surgidas no 300 SL, de 1954. Com motor V8 6.3 de 571 cv, o SLS AMG teve entre 60 e 80 unidades vendidas no Brasil.

Havia duas versões de acabamento. A mais simples era tabelada a US$ 360 mil, equivalentes a R$ 940 mil hoje em dia.

Na cabine, requinte é o destaque
Por dentro, o requinte no acabamento do AMG GT S impera. Há poucas peças de plástico aparente e, no carro avaliado, predominavam couro, alumínio e alcântara. Os dois bancos esportivos abraçam os ocupantes e têm ajustes elétricos.

No grande console central há quatro botões de cada lado. À esquerda ficam os comandos de funções como os (cinco) modos de condução, partida do motor, sistema de áudio e até do tipo de som que brota das saídas retangulares do escape.

Há tela onde são projetados os mapas do navegador GPS e imagens captadas pela câmera traseira, além de amplo porta-objetos, com duas entradas USB. Ali fica o miolo da ignição, mas não é necessário usar a chave para ligar o motor.

O oito-cilindros de 4 litros tem compressor duplo montado na parte interna das bancadas do "V". Graças à sobrealimentação, os 66 mkgf ficam disponíveis a 1.750 rpm, proporcionando ótimas arrancadas e retomadas de velocidade.

Ponto também para a tração integral e os pneus, nas medidas 265/35 R19 na dianteira e 295/30 R20 atrás. Tanta aderência, aliada aos freios com discos de carbono-cerâmica (opcionais e presentes no carro avaliado), garantem frenagens muito eficientes.

O AMG GT S traz air bags frontais, laterais, do tipo cortina e para os joelhos de motorista e passageiro. Os cintos têm pré-tensionadores e sistema elétrico que ajusta a folga para deixá-los colados ao tórax.

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