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Haddad terá de responder por coisas erradas de governo Dilma-Temer, diz Marina

A candidata à Presidência pela Rede nas eleições 2018, Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira, 12, que o postulante do PT, Fernando Haddad, terá que responder "pelas coisas erradas" praticadas pela gestão da ex-presidente cassada Dilma Rousseff. Com a entrada de Haddad no pleito no lugar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, impedido de disputar as eleições por ter sido condenado e preso na Lava Jato, Marina Silva afirmou que "agora a eleição começa com todos os candidatos".

"O Haddad terá que responder porque nos anos de governo Dilma-Temer, o Brasil acabou com as coisas boas que o governo do PT tinha feito, e aumentou as coisas erradas que fez", afirmou a candidata da Rede, que caminhou pelo centro de Belo Horizonte e pelo Mercado Central da capital mineira. Marina também disse que Haddad deverá explicar principalmente os casos de corrupção e o aumento do desemprego.

O PT anunciou a candidatura de Fernando Haddad em ato realizado na terça-feira, 11, após Lula ser considerado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral, enquadrado na Lei do Ficha Limpa.

Na última pesquisa Ibope divulgada na terça-feira, 11, Marina Silva saiu do patamar de 12% das intenções de votos e caiu para 9%. Por conta da margem de erro, a ex-senadora está em situação de empate técnico, junto com Ciro Gomes, do PDT, Geraldo Alckmin, do PSDB, e Haddad. Jair Bolsonaro, do PSL, lidera a disputa com 26% das intenções de voto.

Sobre a pesquisa, Marina Silva disse que continuará fazendo sua campanha e garantiu que estará no segundo turno. Durante a caminhada pelo Mercado Central, Marina Silva e seus apoiadores ouviram gritos de "Bolsonaro Presidente". A candidata da Rede respondeu a um eleitor do candidato do PSL com um gesto de coração.

Questionada sobre qual a postura ela adotará com relação ao postulante líder nas pesquisas, a presidenciável lembrou do ataque sofrido por Bolsonaro em um ato de campanha em Juiz de Fora para criticar a proposta de liberação do porte de armas, defendido pelo deputado federal. "Esse ato violento e inaceitável desmoralizou a proposta de distribuição massiva de armas. Quem tem que proteger a sociedade é o Estado", disse Marina.

Na caminhada pelo Mercado Central, Marina Silva esteve acompanhada do candidato ao Senado, Kaká Menezes, e pelo vice-prefeito de Belo Horizonte, Paulo Lamac, ambos da Rede. O candidato ao governo do partido, João Batista Mares Guia, não compareceu ao ato de campanha.

Questionada sobre o que fará para resolver a crise financeira vivida pelo governo mineiro, Marina Silva disse que não irá "boicotar" o Estado, retendo repasses federais. "Ajudaremos os Estados e municípios sem fazer nenhum tipo de boicote, em função de não ser do meu partido", disse.

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