Nova Honda CBR500R
Divulgação/Honda
A novata CBR 500R rivaliza no país com a Ninja 650 na disputa pela preferência de quem está chegando ao segmento de carenadas de média cilindrada.
Mesmo tendo a seu favor o fator novidade e os R$ 6.490 a menos na tabela, nas versões com ABS, a Honda (R$ 24.500) perde para a Kawasaki (R$ 30.990) na potência do motor, frenagem e comportamento das suspensões, aspectos fundamentais nesse tipo de motocicleta.
As duas são feitas em Manaus e a principal vantagem da CBR 500R é para o bolso do dono. Além de custar menos, a novata é mais barata na hora da contratação do seguro e da manutenção.
Apesar de ter um comportamento modesto quando comparada às motos com motor de quatro cilindros, a Ninja 650 é melhor que a rival nas acelerações e velocidade máxima. Mérito de seu dois-cilindros, que gera 22 cv a mais que os 50 cv do bicilíndrico da Honda.
No visual, as duas motos têm estilo agressivo, inspirados nos de suas "irmãs maiores", de 600 cm3 (Honda), e 1000 cm3 (Kawasaki). Embora seja um quesito muito pessoal, a CBR 500R leva vantagem. Ela também é melhor no acabamento e tem peças plásticas mais bem encaixadas.
Em um duelo entre esportivas, até o conforto, maior na Honda, comprova que a veterana tem mais "pegada". Na CBR 500R, a posição de pedaleiras e guidom cansa menos o piloto. A Ninja 650, por sua vez, não nega o DNA "nervoso" - suas pedaleiras são altas e recuadas.
Nem a CBR nem a Ninja oferecem freios combinados, que atuam nas duas rodas mesmo quando apenas o dianteiro ou o traseiro são acionados. Em modelos que pretendem atrair quem não tem experiência com motores mais potentes, a ausência desse sistema é uma falha e tanto.
Aliás, por falar em freios, as versões sem ABS de Honda e Kawasaki são, respectivamente, R$ 1.500 e R$ 1.900 mais baratas que as com o dispositivo. A economia não vale o quanto pode custar a menor segurança nas frenagens.
Na opção pelo bolso, Honda ganha de lavada
Motores bicilíndricos entregam bom torque em baixo giro. Isso se traduz em acelerações e retomadas vigorosas, além de menos reduções de marcha em trechos sinuosos.
Nas duas, a potência máxima surge a 8.500 rpm e o pico de torque, a 7.000 rpm. Como a Ninja tem 44% mais cavalaria e 49% mais força que a CBR, tem maior capacidade para acelerar e alcançar altas velocidades - em arrancadas, ela deixa a Honda "comendo poeira".
As duas motos têm câmbio de seis marchas. No da CBR, os engates são fáceis, ao passo que na Ninja, além de serem "duros", é difícil encontrar a posição "Neutro".
Os dois modelos trazem suspensões com garfo convencional na dianteira, mas a Ninja é mais firme em curvas, sem prejuízo da capacidade de amortecimento. Na traseira, os sistemas de ambas são do tipo monoamortecido e filtram as imperfeições de maneira igual.
Com dois discos de 300 mm na dianteira, ante um simples de 320 mm da concorrente, a Kawasaki tem maior poder de frenagem. Ainda que seu disco traseiro (simples) seja 40 mm menor que o da 500R, cujo diâmetro é de 260 mm.
Na manutenção, a CBR 500R ganha da Ninja 650 de lavada. Tanto nas peças de reposição quanto no seguro. Na média, os preços dos componentes da Kawasaki são 37% mais altos que os da Honda. E as apólices de seguro custam 34% a mais. Apesar de custar mais que a CBR, a Ninja tem seguro que representa 23% de sua tabela, ante os 22% da concorrente. Nesse quesito, elas empatam.
Nova Kawasaki Ninja 650R
Divulgação/Kawasaki
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