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Caso Epstein pressiona Congresso dos EUA

Republicanos evitam votação sobre documentos e base de Trump se divide

Escrito por Meon

22 JUL 2025 - 21H30 (Atualizada em 22 JUL 2025 - 21H53)

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O presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Mike Johnson, anunciou que o recesso parlamentar será antecipado em um dia, numa tentativa de evitar o avanço de uma resolução que cobra a divulgação de documentos ligados ao caso Jeffrey Epstein — bilionário acusado de liderar uma rede de abuso sexual de menores.

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A medida tem como objetivo barrar a pressão de democratas e alguns republicanos, que buscavam votar ainda nesta semana uma proposta bipartidária exigindo que o Departamento de Justiça e o FBI tornem públicos todos os arquivos sobre o caso.

A antecipação da pausa legislativa é vista como manobra para evitar desgaste. "O que nos recusamos a fazer é participar de mais um dos jogos políticos dos democratas. Esse é um assunto sério. Não vamos permitir que eles usem isso como um aríete político", afirmou Johnson.

A movimentação gerou desconforto até entre aliados do ex-presidente Donald Trump. Parte da base conservadora esperava que os republicanos apoiassem a liberação dos documentos, sobretudo após Trump prometer divulgar uma lista de clientes de Epstein durante a campanha — promessa que acabou sendo descartada como “farsa” pelo próprio ex-presidente, o que irritou apoiadores do movimento Make America Great Again.

Segundo uma pesquisa recente da Reuters/Ipsos, a maioria dos norte-americanos — inclusive republicanos — acredita que o governo está escondendo informações sobre o caso Epstein.

A tensão aumentou após a tentativa de parlamentares forçarem a votação da resolução no Comitê de Regras da Câmara, responsável por decidir o que vai ao plenário. A proposta foi apresentada pelos deputados Thomas Massie (republicano) e Ro Khanna (democrata), mas os republicanos encerraram a sessão e travaram o debate.

Inicialmente, a Câmara votaria seus últimos projetos da semana na quinta-feira (24), mas o líder da Maioria, Steve Scalise, confirmou que as votações foram antecipadas, com foco em propostas de menor impacto, encerrando os trabalhos antes do previsto.

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