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Coreia do Sul aprova lei que proíbe consumo de carne de cachorro

Parlamento prevê proibição total a partir de 2027

Escrito por Meon

09 JAN 2024 - 18H00

Reprodução

O Parlamento sul-coreano aprovou, nesta terça-feira (9), uma legislação que proíbe o consumo de carne de cachorro. A nova norma entrará em vigor somente a partir de 2027, impondo pena de dois anos de prisão ou multa equivalente a R$ 110 mil para os infratores.

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O projeto recebeu respaldo tanto do partido governista quanto de parlamentares da oposição. Ele propõe a proibição da criação de cães destinados ao abate, bem como a distribuição ou venda de carne canina.

Aqueles envolvidos na indústria afetada receberão subsídios do governo para facilitar a transição para novas oportunidades de emprego.

Na Coreia do Sul, o hábito de consumir carne de cachorro tem diminuído nas últimas décadas, sendo mais prevalente entre a população idosa. Paralelamente, a conscientização sobre a proteção animal tem ganhado destaque no país.

Uma pesquisa conduzida pelo grupo Animal Welfare Awareness revelou que mais de 90% dos entrevistados não ingeriram carne de cachorro no último ano e não têm intenção de consumir esse tipo de produto no futuro.

Segundo a agência estatal Yonhap, existem aproximadamente 1.150 fazendas dedicadas à criação de cães na Coreia do Sul, além de 34 açougues, 219 distribuidores e cerca de 1.600 restaurantes que oferecem alimentos à base de carne canina.

Por outro lado, a associação sul-coreana que representa a indústria de carne canina argumentou que a proibição impactará 3.500 fazendas, responsáveis pela criação de 1,5 milhão de cães, e cerca de 3.000 restaurantes.

O debate sobre a implementação de uma lei para proibir o consumo de carne de cachorro no país ganhou força em 2021, quando o então presidente Moon Jae-in sugeriu a medida. O apoio ao projeto cresceu durante a gestão do atual presidente, Yoon Suk-yeol, conhecido por adotar seis cães e oito gatos. A primeira-dama, Kim Keon Hee, também é reconhecida por sua postura crítica em relação ao consumo de carne canina.

Apesar de tentativas passadas de aprovar o projeto terem fracassado, em novembro de 2023, cerca de 200 criadores de cães protestaram próximo ao gabinete presidencial exigindo a revogação da proposta.

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