Enquanto países como o Brasil esperam por repasses diretos de excedentes de vacinas contra a covid-19 por parte dos Estados Unidos, onde a imunização está em ritmo acelerado, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, tratou nesta sexta-feira, 9, de esfriar expectativas sobre essa possibilidade. "Vamos doar vacinas pela Covax", disse Psaki em coletiva de imprensa.
A Covax Facility é uma iniciativa criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para distribuir ao mundo vacinas contra o novo coronavírus. O Brasil já recebeu um lote de imunizantes do programa. Agora arrefecida, existe a esperança, no entanto, de que os Estados Unidos doem vacinas por via direta a países com dificuldade em controlar a pandemia, que hoje tem o Brasil como epicentro global. A Casa Branca já fez doações ao México e ao Canadá, que fazem fronteiras com os americanos.
Uma possibilidade seria o repasse, ao Brasil, de vacinas da AstraZeneca estocadas nos EUA. Isso porque o imunizante desenvolvido pelo laboratório inglês em parceria com a Universidade de Oxford, no País envasado pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), não tem autorização para ser aplicado nos EUA. Apesar das relações tensas entre o presidente americano, Joe Biden, e o presidente Jair Bolsonaro, a hipótese é considerada porque epidemiologistas consideram o Brasil um risco à saúde pública global, diante da dificuldade em conter a pandemia.
Diferentemente do Brasil, que só vacinou contra a covid, até o momento, pouco mais de 10% da população com a primeira dose, os EUA estão em ritmo acelerado de imunização e tendem, em breve, a ter estoques de doses.
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