O governo dos Estados Unidos suspendeu as sobretaxas de 40% aplicadas a produtos agrícolas importados do Brasil, após ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump nesta quinta-feira (20). A medida, válida desde 13 de novembro, beneficia alguns dos principais itens brasileiros vendidos ao mercado norte-americano, como café, carne bovina, frutas e petróleo.
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A decisão acompanha o decreto global publicado em 14 de novembro, que removeu tarifas adicionais de 10% sobre produtos importados de diversos países. Com isso, exportadores brasileiros que chegaram a pagar as alíquotas após a data já determinada para isenção serão reembolsados.
A ação reverte o tarifaço imposto em 30 de julho, quando Trump alegou “emergência nacional” e acusou o governo brasileiro de práticas que supostamente prejudicavam empresas e interesses americanos. A mudança ocorre após conversa telefônica entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia 6 de outubro, quando ambos teriam concordado em retomar negociações sobre o tema.
Setores celebram retomada da competitividade
O anúncio foi recebido como vitória pelos segmentos produtivos brasileiros. Marcos Matos, diretor-geral do Cecafé, classificou a medida como “presente de Natal antecipado”, destacando que o produto brasileiro vinha perdendo espaço para concorrentes como Colômbia e Vietnã.
A Abiec, que representa a indústria exportadora de carne bovina, afirmou que a reversão das sobretaxas “reforça a estabilidade do comércio internacional” e garante condições equilibradas de competição.
Na indústria, a CNI considerou o decreto um “avanço concreto” nas relações bilaterais. O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, destacou o papel da diplomacia: “O diálogo consistente entre Brasil e Estados Unidos é fundamental para proteger a indústria mineira e garantir previsibilidade”.
A Amcham Brasil, por sua vez, afirmou que a medida tem “efeito imediato” e representa um passo importante na normalização do comércio entre os países.
Governo brasileiro vê retomada da normalidade
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, celebrou o desfecho após meses de tensão. “As duas maiores nações das Américas não podiam ficar tocadas por fofocas e intrigas. A partir do diálogo entre os líderes, tudo voltou à normalidade”, declarou.
O secretário de Comércio e Relações Internacionais do ministério, Luis Rua, também avaliou a decisão como positiva e ressaltou o impacto para cadeias produtivas como café, carne, frutas, castanhas e derivados.
Setor de pescados fica de fora e lamenta exclusão
Apesar da receptividade geral, o setor pesqueiro não foi contemplado na retirada das tarifas. Com exportações anuais de cerca de US$ 300 milhões aos EUA, a Abipesca lamentou a ausência do segmento na lista.
“Estamos felizes pelos setores que avançaram, mas frustrados por não vermos evolução para o pescado”, afirmou Eduardo Lobo, presidente da entidade.
A medida, entretanto, marca um movimento de reaproximação comercial entre os dois países e reduz parte da incerteza gerada pelos meses de disputa tarifária.
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