O Japão alcançou com sucesso o pouso de uma sonda não tripulada na Lua nesta sexta-feira (19), tornando-se a quinta nação do mundo a realizar o feito, de acordo com Jaxa, a Agência Espacial Japonesa.
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Contudo, durante a descida, a sonda enfrentou um problema e está atualmente utilizando suas baterias, conforme informado pela agência. A Jaxa relatou que o módulo lunar não está gerando eletricidade por meio de seus painéis solares, mas mantém comunicação com a Terra. Isso implica que a sonda agora depende exclusivamente de suas baterias, cuja duração é estimada em apenas algumas horas.
Apesar desse contratempo, este feito representa um marco histórico para o Japão, que se une aos Estados Unidos, à antiga União Soviética, à China e à Índia como nações que conquistaram esse feito.
"Acreditamos que o pouso suave em si foi bem-sucedido, pois a espaçonave enviou dados de telemetria, o que significa que a maioria dos equipamentos a bordo está operando", declarou Hitoshi Kuninaka, diretor do Instituto de Ciências Espaciais e Astronáuticas da Jaxa.
A sonda SLIM (módulo de pouso inteligente para investigar a Lua, na sigla em inglês) realizou a alunissagem por volta das 12h20 no horário de Brasília, conforme divulgado pela Jaxa. As expectativas eram elevadas, pois a missão visava avaliar a capacidade do Japão de realizar um pouso de alta precisão na superfície lunar.
Apelidado de "Moon Sniper" (Atirador Lunar), o módulo japonês buscava atingir o "pouso mais preciso" já realizado na Lua. A Jaxa levará aproximadamente um mês para confirmar se o SLIM alcançou essa alta precisão.
O local programado para o pouso era a cratera Shioli, nas proximidades do equador lunar. Se bem-sucedido, esse feito representará outro avanço significativo para o país, dada a dificuldade intrínseca de realizar pousos precisos na Lua.
A sonda SLIM, compacta, com dimensões de cerca de 1,7 metro de comprimento, 2,7 metros de largura e 2,4 metros de altura, iniciou sua descida ao meio-dia no horário de Brasília, utilizando seus "olhos inteligentes" para determinar com precisão a posição acima da superfície lunar. Após o pouso, a sonda liberará dois mini-robôs, um veículo saltador do tamanho de um forno de micro-ondas e um rover do tamanho de uma bola de beisebol, desenvolvidos em colaboração com a Sony, para capturar imagens e proporcionar uma nova perspectiva da superfície lunar.
A corrida lunar, evidenciada por várias nações, incluindo Japão, Índia e Estados Unidos, tem como objetivo facilitar o acesso aos recursos naturais e científicos presentes na Lua, a uma distância de 384.400 km da Terra. A exploração dessas regiões, particularmente as regiões polares, visa estudar a presença de água, que, se encontrada em quantidade suficiente, poderia ser crucial para futuras missões espaciais, incluindo a exploração de Marte.
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